O primeiro debate considerado como o mais acirrado da atual legislatura da Câmara Municipal de Paulo Afonso aconteceu nesta segunda-feira (03) prolongando a sessão por mais de duas horas e tendo como principais protagonistas os vereadores Antônio Alexandre (PL) e Luiz Aureliano (PT).
Nos últimos minutos da reunião parlamentar, quando o primeiro secretário Ivaldo Sales (DEM) já se preparava para a leitura das matérias constantes na ordem do dia, Antônio Alexandre apresentou requerimento verbal solicitando o retorno do Doutor Túlio ao exercício de suas atividades de medicina no PSF do BTN III, segundo ele, atendendo a um abaixo assinado de mil moradores daquele bairro que consideram o profissional como o melhor para trabalhar naquela unidade, por ter o hábito de chegar mais cedo e iniciar o atendimento antes das 7h, o que para o ex-secretário de saúde se constitui em improbidade administrativa e desrespeito à hierarquia do serviço público.
“O Doutor Túlio pode ser um excelente médico que ganhou a simpatia dos moradores do bairro, mas o que ele não pode fazer é instituir seu próprio horário de trabalho, alterando a rotina de funcionamento do PSF e ignorando as determinações da Secretaria de Saúde; eu voto a favor do requerimento pela sua volta, desde que ele cumpra o expediente normal como fazem todos os outros profissionais”, disse Aureliano.
O autor do requerimento por sua vez, discordou do ponto de vista do colega de bancada, afirmando que nesses casos o que deve prevalecer é a vontade do povo, já que um dos compromissos de campanha do Prefeito Anilton Bastos foi ouvir a opinião popular e procurar resolver os problemas apontados pela população da maneira mais conveniente para a maioria.
“Existe um abaixo assinado onde mil pessoas daquela comunidade pedem a volta do Doutor Túlio, o que comprova que se trata de um bom médico; e se o seu trabalho estava satisfazendo à comunidade e o que nos interessa é a satisfação do povo, por que não atendermos a esse pedido, se é para o povo e não para o secretário de saúde que nós trabalhamos?”, questionou o parlamentar.