Indignado com o mau atendimento prestado pelo Hospital Nair Alves de Souza, principalmente pela ausência de UTI naquela unidade de saúde administrada pela CHESF - Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, o vereador Antônio Alexandre (PR) acompanhado pelo procurador jurídico da Câmara Municipal de Paulo Afonso, Doutor Rodrigo Coppieters, foi ver de perto e conhecer o sistema de gerenciamento do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, situado na divisa do Brasil com o Paraguai, onde existe a Usina Hidrelétrica Itaipu, empreendimento com 50% de seu patrimônio pertencente à ELETROBRAS.
Lá o vereador ficou surpreso com a excelente qualidade do serviço, inclusive com 200 leitos de UTI e disse que nada justifica o descaso da CHESF para com o Hospital Nair Alves de Souza, empresa que também pertence à ELETROBRAS.
"Nós pudemos ver de perto uma grande diferença, primeiro porque o hospital de Foz do Iguaçu é um hospital de nível 1, com UTI neonatal, cardiológica, oncológica e várias outras, enquanto aqui nós sequer temos UTI e quando o paciente não morre durante o atendimento tem que sair para outras cidades; então é preciso que a CHESF, que obtém um lucro mensal de 83% com o complexo hidrelétrico de Paulo Afonso, trate os pauloafonsinos da mesma forma que trata os pacientes do Paraná e até do Paraguai e da Argentina. Precisamos de apoio dos governos estadual e federal e além disso, a CHESF não pode esquecer que ela só existe graças aos cidadãos paulofonsinos", alfinetou Antônio Alexandre.
O vereador encerrou seu discurso ilustrado por fotos do hospital visitado, propondo ações conjuntas entre todos os poderes constituídos, para que seja impedida a saída total da CHESF da administração do HNAS, como está prevista para os próximos anos a passagem definitiva da unidade hospitalar para a UNIVASF - Universidade Federal do Vale do São Francisco.
"Esse tratamento que está sendo dado ao povo de Paulo Afonso tem que mudar e as coisas não podem mais continuar apenas na conversa de alguns políticos que só aparecem por aqui a cada quatro anos para pedir voto e depois viram as costas, mas
têm que acontecer de verdade", concluiu.
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