Não tenho nada pessoal contra a prefeita de Jeremoabo, Anabel Carvalho de Sá - em quem não votei - e muito menos contra sua equipe. Só que alguns equívocos cometidos na desastrosa administração do ex-prefeito Pedro Bonfim, me obrigam a opinar logo no início da gestão "cor de rosa". Segurança, constitucionalmente, é uma função do Estado a quem cabe zelar pela integridade dos bens e da vida de seus cidadãos. À municipalidade cabem outras funções, e misturá-las é criar um caldo do qual não sairá boa coisa. Se a prefeitura é eficiente em educação, saúde, limpeza pública, enfim no que lhe concerne, libera o Estado para aplicar mais na segurança e a gente terá uma vida melhor. Não é a participação da Guarda Municipal de Jeremoabo no trabalho conjunto de segurança da ordem e das pessoas, que vai minorar a violência em que vivemos.
Logo essa junção ou coisa que o valha seria e é totalmente dispensável ou todas as cidades já teriam adotado essa medida salvadora. Ela certamente vai servir de cabide onde pendurar "correligionários" ilustres desterrados e muito pouco mais do que isso.
Por isso insisto. Fazer o dever de casa já seria o suficiente para Anabel de Tista. Enveredar pela perigosa senda da segurança pública é procurar sarna para se coçar, que com certeza virá logo. Com uma Guarda Municipal pequena e despreparada, sem viaturas, sem um treinamento ou comando militar, o município no máximo conseguirá assegurar a integridade dos seus prédios vez em quando visitados pelos larápios. Esperar mais do que isso de uma segurança municipal é onírico, impraticável e irrealista.