As universidades públicas federais e instituições particulares de educação superior vão oferecer mais 2.415 vagas em cursos de medicina a partir do segundo semestre deste ano. A expansão autorizada pelo Ministério da Educação contempla todas as regiões do país. Nas instituições superiores do Norte e Nordeste serão abertas 1.365 vagas.
Em universidades públicas federais, a expansão da oferta do ensino de medicina prevê a abertura de 1.615 vagas, sendo 1.040 em 18 novos cursos em 12 estados. Recentemente criadas, as universidades federais do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), do Sul da Bahia (UFSBA) e do Oeste da Bahia (Ufoba) vão ofertar 220 vagas. Os cursos já existentes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste terão 355 vagas. Outras 800 vagas serão abertas em nove instituições particulares.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou em entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira, 5, que a qualidade na expansão do número de vagas será acompanhada pelo governo federal. "Nosso esforço é ampliar com qualidade a quantidade de vagas em cursos de medicina. Não estamos com pressa, queremos fazer bem feito", disse.
Sobre a concentração das novas vagas nas regiões Norte e Nordeste, o ministro destacou que este é um esforço que precisa ser complementado com ações que mantenham os médicos em suas localidades de formação. "Há uma dispersão muito grande quando analisamos médicos e vagas. Não basta apenas uma política de desconcentração, mas para fixação", explicou.
Até o final de 2013 todas as vagas já devem estar implantadas. Em relação a Paulo Afonso, os deputados petistas Josias Gomes e Paulo Rangel, federal e estadual respectivamente, tiveram papel decisivo junto ao Ministro Aloísio Mercadante na apresentação de condicionalidades que influenciaram na aprovação do curso para o município. Entre as garantias dadas à Univasf, e que favoreceram ao projeto, destacam-se as da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), que está doando o prédio onde funcionou o hotel da empresa, para servir de residência universitária, e, ainda, o Hospital Nair Alves de Sousa. Já a Prefeitura de Paulo Afonso está prometendo 10 anos de isenção do IPTU, podendo inclusive prorrogar o prazo, além da construção do restaurante universitário com capacidade para 500 refeições.
Em recente declaração, o prefeito de Paulo Afonso, Anilton Bastos, avaliou que o futuro campus pode se transformar "num pólo de excelência, servindo a mais de um milhão de pessoas, em municípios - a maioria, pequenos - dos quatro estados, o que, por si, justifica plenamente o investimento".
Da mesma forma pensa o deputado estadual Paulo Rangel, do PT baiano, que forma entre os que historicamente vêm lutando em favor do campus em Paulo Afonso: "temos certeza de que estamos lutando, mais do que por um campus para o município, mas, na verdade, na busca da concretização de uma tese, que é a da interiorização do ensino superior público de qualidade".