Economia

Paulo Afonso (BA) - 16/05/2012

Prefeitura de Paulo Afonso amplia distribuição de água para amenizar efeitos da seca

Agência de Notícias de Paulo Afonso (ANPA) Texto AC Zuca
Foto Divulgação

O governo da Bahia, através do Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícula, calcula que os prejuízos com a  seca no estado até hoje cheguem a quase R$ 100 milhões.

No norte do estado, uma das regiões mais atingidas, os produtores de feijão lamentam as perdas. "Todo ano a gente colhe em um hectar seis a oitos sacos de caroços. Esse ano está desse jeito", disse um agricultor.

A cidade de Paulo Afonso, mesmo banhada pelo Rio São Francisco, enfrenta problemas devido à escassez das chuvas, são quase oitenta povoados situados na área rural. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, por meio do Departamento de Fomento Agropecuário (DEFA), tem intensificado as ações no combate à seca. Segundo informações do coordenador do DEFA, Geraldo Carvalho, de janeiro a abril de 2012, houve um acrescimento de 2331 carradas, através dos carros-pipas, abastecendo as comunidades rurais.

"Realizamos um levantamento e notamos que tivemos um aumento significativo nesse abastecimento por conta da seca que nos assola. Em 2011, no mesmo período, liberamos 4603 carradas num volume de água na casa dos 32.221.000 litros. Agora em 2012, até abril, já registramos 6934 abastecimentos chegando a 48.538.000 litros; ou seja, tivemos um acréscimo de 2331 carradas num volume de água que chega a 16.317.000 litros", disse Geraldo.

O coordenador também enfatizou, "estamos trabalhando com 23 carros-pipas e 7 tratores, pois em algumas localidades situadas no Raso da Catarina só os tratores conseguem chegar. O prefeito Anilton Bastos não mede esforços para amenizar essa situação e pediu atenção total a toda zona rural", disse Carvalho.

Mesmo com essas medidas os trabalhadores do campo estão procurando o departamento para que o abastecimento chegue com mais quantidade e mais frequência nas comunidades. Sobre esta questão, Geraldo Carvalho falou: "Sabemos que a ansiedade por conta desta forte seca é enorme. Nossa oferta tem sido satisfatória, porém a demanda é bem maior, é impossível sanar 100% o problema, isso só quem pode fazer é Deus mandando chuva, entretanto nosso trabalho vai continuar intensificado e o homem do campo pode ter certeza".

Duzentos e trinta e oito municípios baianos  estão em situação de emergência por causa da seca, a pior dos últimos 47 anos.


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