Opinião

Paulo Afonso (BA) - 12/02/2012

AXÉ! MOMO VENCEU!

Por Marcos Tavares
Foto Divulgação

Graças ao bom Deus e ao Senhor do Bonfim, a greve dos policiais na Bahia começa a chegar ao seu final, garantindo o maior Carnaval africano do planeta. O Conselho de Segurança da ONU já tinha pensado inclusive em interromper as discussões sobre o Irã para debruçar-se sobre o caso baiano muito mais grave. Imaginem os senhores uma Bahia sem Carnaval, sem afoxé, sem trios elétricos sem a candura de Caetano e a eletricidade de Sangalo. Seria um Deus nos acuda, uma negação de todos os valores nacionais que descredenciariam nosso país como organizador de grandes eventos.
Pouca gente pensou no dinheiro perdido, nos bens destruídos e menos ainda no número assustador de assassinatos que enfrentou a capital baiana. O negócio era o Carnaval. Como viver sem o Carnaval da Bahia, responsável pelo Tchan e tantos outros conjuntos que marcaram história? Criadores das danças tribais que todo o Brasil imita, incentivadores do afro na sua melhor expressão. Esse era o problema, ter ou não ter Carnaval, uma decisão 'hamletina' onde valeu o bom senso, pois até mesmo a polícia baiana é um cordão e, como tal, sabe que sua presença nos festejos de 'Momo' é fundamental. Fez-se a paz no mundo. Líderes puderam descansar e outra vez voltar os olhos para o Irã. O Consulado americano apressou-se em conceder vistos aos gringos agora liberados para conhecerem os encantos baianos. É verdade que muito spray de pimenta rolou, mas pimenta na Bahia não é novidade e o Brasil saiu dessa crise incólume sem que Dilma precisasse solicitar dos mariners americanos uma incursão em território da Baixa do Sapateiro. O Brasil reencontra-se na paz da Bahia. Os problemas são jogados para debaixo do tapete até que passe o Carnaval, quando aí vamos ver as coisas se resolverem.

 


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