Portadores de problemas renais da região de Paulo Afonso sofrem com a deficiência no atendimento, em virtude dos constantes atrasos no envio de recursos federais, necessários para o funcionamento da Clínica de hemodiálise Clirenal, que segundo a administração da clínica atende uma demanda mensal de 180 pacientes de Paulo Afonso e de várias cidades vizinhas, inclusive de outros estados, como Alagoas, Pernambuco e Sergipe.
Segundo a Doutora Adirlene Pontes - Diretora da Clirenal - a maioria das Clínicas de hemodiálise do país passa pelo mesmo problema, por dependerem de recursos enviados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) às Secretarias Municipais de Saúde, o que quase sempre ocorre com atraso de até dois meses, comprometendo a manutenção dos equipamentos, compra de materiais e folha de pagamento de funcionários. Ainda de acordo com a diretora, das 36 máquinas existentes na clínica, oito estão sem funcionar por problemas de peças danificadas que para serem repostas custaria cerca de R$ 45 mil Reais, dinheiro indisponível até o momento. Além disso, outros equipamentos novos, instalados há quase um ano, destinados à purificação da água usada nos procedimentos, nunca chegaram sequer a funcionar por falta de dinheiro para compra de matéria prima e contratação de mão de obra.
Para o Secretário de Saúde de Paulo Afonso, Luiz Aureliano, os repasses financeiros têm sido feitos mensalmente. "O atraso do mês de dezembro", explicou o Secretário, "se deu por conta da rejeição de um Projeto de Lei de autoria do Executivo Municipal, enviado à Câmara no início do mês e reprovado pela bancada da oposição". O Projeto solicitava autorização para transferência de recursos excedentes para a Secretaria de Saúde, o que somente foi possível na última semana do ano, graças a uma Liminar concedida pelo Juiz da Comarca, Doutor Rosalino dos Santos Almeida, por entender que os Vereadores não apresentaram justificativa para a rejeição do Projeto.
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