Uma coisa pode-se dizer de Mário Negromonte (cidades). Ele é ousado e ouve pouco, muito pouco. Tanto que para silenciar seu grupo de aliados jogou na rua como oficial o nome do amigo, Antonio Martins, que há muito tempo vinha sendo guardado como uma bala decisiva para uma emergência. E a emergência chegou. Que se espera de Antonio Martins, um noviço que vai enfrentar uma eleição disputada com ingredientes novos em que ele pode bater-se com o ex-prefeito Raimundo Caires Rocha e o atual mandatário Anilton Bastos Pereira, gente escolada e acostumada aos pleitos políticos
Antonio Martins é advogado de formação. Desde cedo se acostou ao projeto político de Mário Negromonte e é tido como um de seus interlocutores privilegiados. Tem uma passagem pela vida impecável e demonstrou eficiência e dureza quando exerceu a função de delegado Municipal e na condução de projetos que fizeram de Mário Negromonte deputado estadual, federal e Ministro de Estado. Mas, uma coisa é ser administrador, outra é enfrentar o crivo das urnas numa briga de tamanha brutalidade que já espantou Dernival Oliveira Junior (VAL) e o fez desistir desse projeto.
Negromonte nunca conheceu o sabor da derrota. Projetou-se em Paulo Afonso como empresário e sem apadrinhamento galgou a Assembléia Legislativa do Estado, a secretaria dos transportes da capital, a Câmara Federal e o ministério das Cidades. Agora ele enfrenta um teste fatal para saber se sua nova política convenceu os pauloafonsinos ou se eles vão optar pelos antigos caciques já testados. No meio disso fica Antonio Martins, que não tem vôo próprio e terá de ser o candidato de Negromonte e do coletivo se quiser ter alguma chance de vitória. Os dados estão lançados.
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