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Paulo Afonso (BA) - 18/11/2011

SOS Calçadão - Comerciantes clamam por segurança

Da Agência de Notícias de Paulo Afonso (ANPA) – reportagem; Washington Luís – DRT – BA Nº.

Às vésperas da comemoração pelos 15 anos de existência do 20º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento ostensivo da cidade, localizado à Rua da Providência, Bairro Perpétuo Socorro - Paulo Afonso (Região Norte da Bahia), quando será lançada a “Operação ROTAM” (Rondas Táticas Com Apoio de Motocicletas), Comerciantes e frequentadores do centro da cidade, principalmente das áreas onde se localiza a maior parte dos estabelecimentos comerciais, estão apreensivos com a aproximação do mês de dezembro, quando segundo eles, em virtude do aumento do fluxo de clientes nas lojas, inevitavelmente surgem mais pessoas mendigando nas calçadas, sendo que uma boa parte delas aproveita o tradicional corre- corre de fim de ano para praticar ações danosas, incluindo pequenos furtos e até assaltos à mão armada em plena luz do dia, fatos registrados com frequência todos os anos durante esse período. O clima de medo já preocupa alguns proprietários de lojas, que temem uma queda no faturamento, caso não sejam adotadas medidas para reprimir tais ações.

Mas não é só o comércio varejista que clama por segurança. No famoso Calçadão da Avenida Getúlio Vargas o clima também não é dos melhores. Inaugurado na década de 80, pelo então Prefeito Luiz de Deus, um dos pontos atualmente mais frequentados de Paulo Afonso, segundo alguns comerciantes que ocupam o local, passa por sua pior fase em se tratando de segurança. Normalmente, os calçadões comerciais, espaços que começaram a surgir em todo o Brasil no final dos anos 70, têm 95% de seus espaços ocupados por lojas onde o cliente pode comprar quase tudo o que procura, a preços populares e ainda se divertir com as famosas atrações de rua, resultados da criatividade dos próprios lojistas, que sempre conseguem prender a atenção dos frequentadores destes verdadeiros shoppings a céu aberto.

Em Paulo Afonso, há quem diga que o Calçadão Comercial nunca fez jus a esse título, já que em 25 anos de funcionamento sempre teve a maior parte de seus imóveis ocupados por bares, restaurantes e pizzarias, que só começam suas atividades ao cair da noite, a maioria com atrações musicais ao vivo, que encerram seus shows sempre nas primeiras horas do dia seguinte. A partir daí, as marquises e calçadas, que há muito tempo necessitam de uma boa reforma, passam a servir de dormitório para moradores de rua, que antes de pegarem no sono não deixam de dar umas “boas baforadas” em seus cachimbos de crack improvisados ou queimar uma “bruxa” (cigarro de maconha) sem que apareça ninguém, muito menos a polícia, para repreendê-los. -“Já tive o meu bar incendiado uma vez e até hoje ninguém conseguiu descobrir as causas do incêndio que me deu um grande prejuízo financeiro; recentemente forçaram o cadeado para abrir a porta e eu encontrei um cachimbo de crack na entrada, o que me levou a pensar que foi o que causou o incêndio no ano passado. Estou pensando em reunir uma comissão para irmos até o Batalhão da PM pedir ajuda ao Comandante, porque a situação está piorando cada vez mais e não podemos continuar sem segurança” relatou Pedro Roberto Viana, proprietário de um dos quiosques.

Segundo outros comerciantes abordados pela nossa reportagem, além da ausência da polícia, que deveria realizar rondas ostensivas, principalmente nos horários noturnos, a iluminação precária também facilita a ação de vândalos, que após o encerramento do expediente dos bares têm a madrugada inteira para planejar suas ações. Uma sugestão apresentada pelos proprietários de bares e lanchonetes é a reativação do modulo policial da Praça do Trabalhador, que segundo eles, está desativado há mais de cinco anos e  desde então está servindo de ponto para consumo e venda de drogas. “Se não é possível funcionar como módulo policial, pelo menos deveria ser um ponto de apoio da Guarda Municipal, para inibir esses vagabundos que já tomaram conta do calçadão e são uma ameaça à nossa segurança”, sugeriu um comerciante que preferiu não se identificar.


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