denúncia de que o prefeito Atevaldo Cabral, de Ouro Branco, possa estar envolvido num esquema de aliciamento de adolescentes abalou o município localizado no alto Sertão de Alagoas. Desde o início da semana, quando a acusação feita pela estudante C.G.S.,14 anos, de que teria sido assediada para fazer sexo por R$ 300,00 vieram à tona, o caso ganhou repercussão. O delegado regional de Santana do Ipanema, Rodrigo Cavalcante, instaurou inquérito policial e, após ouvir depoimentos de testemunhas, anunciou que vai pedir ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) autorização para investigar o prefeito, que nega as acusações.
"É fundamentado nestes depoimentos que estamos solicitando autorização ao Tribunal de Justiça para ouvirmos o prefeito", disse Rodrigo Cavalcante.
Segundo a denúncia, o assédio do prefeito teria ocorrido no dia 21 de outubro em um bar localizado em Olho d'Água das Flores. C.G.S. teria sido induzida por uma mulher identificada como Josefa Francisca da Silva, mais conhecida como 'Ia', a aceitar a proposta feita por Atevaldo Cabral que, diante da negativa da adolescente, teria oferecido R$ 800,00 para ela não revelar o episódio a ninguém.
Mulher e prefeito negam denúncia de adolescente
O inquérito sobre o caso, de acordo com os dados colhidos pelo delegado Rodrigo Cavalcante, está adiantado. Seu trabalho conta com o apoio do diretor de Polícia Judiciária da Área I, delegado Kelmann Vieira, que determinou que o caso seguisse para a Delegacia Regional de Santana do Ipanema para ter maior celeridade.
Ontem, por telefone, ele afirmou que, entre as informações apuradas, foi revelado que Josefa da Silva já teria "conseguido" outras adolescentes para Atevaldo Cabral.
Ouvida pela reportagem da Gazetaweb, ela negou qualquer envolvimento com aliciamento e indução à relação sexual. Segundo Josefa, todas as informações repassadas pela avó da adolescente estão equivocadas.