O polêmico projeto de ampliação da ponte que dá acesso à chamada "Ilha de Paulo Afonso", cuja execução teve início no dia 23 de junho de 2008, às vésperas da campanha para as eleições municipais, voltou a ser debatido mais uma vez na sessão ordinária da Câmara de Vereadores, nesta segunda feira (10/10), desta vez com a presença do engenheiro civil José Cândido de Santana Filho, responsável por várias modificações feitas ao projeto original, que segundo ele, além de diminuir o valor da obra, orçada em R$ 1.300,00 (Um Milhão e Trezentos Mil Reais), segundo informações, com recursos municipais, reduziu de 46 para 22 toneladas o peso das estruturas metálicas adicionais, preservando a estrutura de concreto erguida na década de 70, pela CHESF, por ocasião da construção do lago da Usina PA IV. -
"O Projeto original previa a construção de uma faixa de rolamento de três metros, porém não estava definido de que lado ficaria esta faixa, o que corria o risco de provocar certo tumulto no trânsito; eu entrei em contato com a gestão municipal da época e juntos, decidimos dividir a pista que seria destinada ao tráfego de carroças e bicicletas, sendo 1,5m para cada lado. Além disso, o projeto original também previa a colocação de uma chapa de aço na parte inferior da ponte, o que em minha opinião não seria viável, visto que não haveria uma boa aderência entre o aço e o concreto em virtude da amplitude térmica comum em Paulo Afonso, que durante o dia tem elevações de até 60 graus e nas madrugadas cai para 20, 15 graus, o que provocaria uma dilatação tanto do aço como do concreto e conseqüentemente o desprendimento dessa chapa. Outro fator que motivou a retirada da chapa de aço foi a necessidade de a cada 3 metros e meio se fazer um furo de 3,5 centímetros na estrutura de concreto para sua fixação, e eu preferi buscar uma alternativa para não agredir a estrutura origina da ponte", explicou o engenheiro.
A ponte de acesso à Ilha de Paulo Afonso mede 230 metros de comprimento por 11 de largura. O 1º. Projeto de reforma, de autoria do engenheiro Francisco Santana (falecido) previa a ampliação de 1,60m em cada lado, construção de passagens só para pedestres, bicicletas e veículos de tração animal. As obras de ampliação lateral, cuja licitação teve como vencedora a Empresa AMF Engenharia e Serviços LTDA, com sede em Salvador, foram interrompidas no dia 11 de dezembro de 2008, dois meses depois da derrota do então Prefeito Raimundo Caires Rocha para o atual Gestor Anilton Bastos Pereira, com menos de 50% dos trabalhos realizados.
Ao tomar conhecimento de que a bancada de oposição ao governo Municipal atribuía a paralisação das obras à atual Gestão, o Vereador Antônio Alexandre (DEM), líder da bancada governista, apresentou cópia do encerramento contratual, assinado pelo Engenheiro Miranda, último Secretário de Infra Estrutura do Governo Raimundo Caires, inclusive com o pagamento de R$ 400.000,00 (Quatrocentos Mil Reais) feito à referida empresa. Para Antônio Alexandre, a discussão provocada pelo colega parlamentar Gilson Fernandes, autor do requerimento que deu origem ao comparecimento do Engenheiro Cândido à Câmara foi válida para mostrar mais uma vez a necessidade de se tomar medidas urgentes em relação ao problema da ponte e concordou com a idéia de se marcar uma reunião entre os Vereadores e representantes do Poder Executivo para discutir a viabilidade de continuação da obra, já com as modificações feitas por este profissional, que garantiu a segurança na execução da reforma.
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