Regional

Paulo Afonso (BA) - 24/04/2011

Aumenta o número de atropelamentos em Paulo Afonso

Bob Charles
Fracisco Sales
Perigo: Número de atropelamentos na região subiu em 2011; motivos seria imprudência de pedestres
Perigo: Número de atropelamentos na região subiu em 2011; motivos seria imprudência de pedestres

Esta semana, o empresário Pedro Teixeira Lima, conhecido por "Pedro do gesso" foi atropelado nas proximidades do Clube Paulo Afonso (CPA) e não resistiu aos ferimentos. Episódios como este, infelizmente, têm se tornado mais frequentes na região: de acordo com os registros do 20º Batalhão da Polícia Militar de Paulo Afonso e do SAMU, de janeiro a abril deste ano foram registrados 53 atropelamentos o que resulta em um aumento de aproximadamente 40 por cento, visto que no mesmo período de 2010 foram 38 ocorrências, em um total anual de 128.

Estima-se que a cidade de Paulo Afonso tenha hoje uma frota acima de 18 mil veículos, ou seja, houve um acréscimo significativo no poder de compra da população economicamente ativa. Em 2010 a frota era composta por 14.618, o município tinha a 8º maior frota de carros da Bahia, num universo de 417 municípios, e, com uma maior quantidade de veículos em circulação, crescem as possibilidades de acontecer um acidente, sendo então necessário dispensar atenção redobrada na hora de dirigir e andar pelas ruas.

Segundo uma fonte do Hospital Nair Alves de Souza, unidade referência em Paulo Afonso, a instituição atende em média a 33 pessoas vítimas de atropelamento por mês, vindas de várias cidades e estradas da região. Isso significa dizer que, por dia, pelo menos uma pessoa é socorrida no hospital após ter sido atropelada, resultando em cerca de 400 atendimentos anuais.

Além do aumento do número de vítimas por atropelamento, outra informação preocupante é que as complicações decorrentes deste tipo de acidente são classificadas como graves, tendendo a deixar sequelas nos acidentados.  Segundo a mesma fonte, em 90% dos casos de atropelamento que chegam ao hospital as pessoas estão em estado gravíssimo. O enfermeiro lembrou que as consequências são maiores porque a vítima está totalmente desprotegida, sem nenhum equipamento ou recurso que pudessem impedir a colisão ou produzir um impacto mais brando.

O pedestre, por exemplo, quando atingido por um veículo, está totalmente exposto, não há nenhuma proteção para os órgãos e o impacto tende a ser brutal para o organismo - explicou.

A imprudência dos motoristas tem contribuído para este índice. Recentemente o comentarista J. Matos da radio Bahia Nordeste, destacou que a postura de alguns motociclistas - que optam por realizar ultrapassagens irregulares, como passar entre as fileiras de carro, no meio da feira, em acostamento ou até mesmo avançar o sinal são comuns no dia-a-dia..

O Código de Trânsito Brasileiro tem como objetivo salvar vidas, inclusive com a proposta de proteger aquele que á mais vulnerável no trânsito - ou seja, o pedestre.  Porém, que para a total eficácia da regulamentação todos os envolvidos precisam cumprir as determinações do código, mas, muitos pedestres ignoram esta questão e se desconsideram como parte integrante do trânsito.


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