Opinião

Paulo Afonso - Bahia - 21/02/2025

O Caos como Estratégia: Quando a Política Deixa de Servir ao Povo.

Por: Itaíbes Paiva
Divulgação

Até onde vai a sede pelo poder? Quais são os limites da ambição de um político disposto a tudo para retomar o controle, ainda que o preço seja o sofrimento da população? A política, em sua essência, deveria ser o exercício do diálogo, do compromisso com o bem comum. Mas, em tempos sombrios, ela se transforma em um tabuleiro onde peças são movidas sem escrúpulos, sem moral, sem qualquer resquício de responsabilidade.

Seria possível que, em uma mente politicamente doentia, nascesse a ideia de sabotar uma cidade inteira apenas para inviabilizar uma gestão futura? O cenário não é novo: dívidas impagáveis, serviços essenciais destruídos, contratos comprometidos, documentos misteriosamente desaparecidos. E então, com um discurso ensaiado, os mesmos que foram responsáveis pelo caos surgem como os "salvadores da pátria", apontando o dedo e exigindo soluções que jamais ofereceram enquanto tinham o poder nas mãos.

O jogo é cínico. As pessoas deixam de ser cidadãos e passam a ser peças descartáveis no tabuleiro da disputa política. A falta de medicamentos, o buraco na estrada, o hospital sem estrutura, tudo isso pode se tornar uma ferramenta útil para alimentar a narrativa da incompetência do adversário. O caos não é uma falha, mas sim uma estratégia.

A grande questão é: onde começa e onde termina essa insanidade política? O que acontece quando o poder passa a ser um fim em si mesmo, e não um meio para melhorar a vida das pessoas? A resposta está nas ruas, nos hospitais lotados, nas escolas abandonadas, na frota sucateada, no desemprego crescente. O resultado de uma política do quanto pior, melhor, é sempre o mesmo: um povo humilhado, uma cidade estagnada e os culpados posando de vítimas.

A reconstrução é difícil. Mas mais difícil ainda é suportar o cinismo daqueles que destroem, para depois se apresentarem como os únicos capazes de consertar. O poder que nasce da destruição não é liderança, é desespero. E o preço quem paga, como sempre, é o povo.

 

 

 


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