O clima político em Paulo Afonso tem sido marcado por uma onda de descontentamento, e um novo dito popular começa a ecoar pelas ruas: “A farra das secretarias”. Embora até o momento não haja qualquer indício de ilegalidade, o processo de nomeações já gera desconforto entre os próprios apoiadores do prefeito. A imoralidade percebida por muitos surge do fato de que diversas nomeações envolvem pessoas ligadas à administração anterior e a vereadores, enquanto os apoiadores de primeira hora, que se dedicaram para garantir a vitória do prefeito, foram relegados ao esquecimento.
O termo Emergência Administrativa sequer é utilizado de maneira habitual em relação a administração pública. As situações de emergência são usualmente utilizadas nessa Seara para se vincularem as catástrofes naturais, como grandes secas, enchentes ou pandemias (como a situação da COVID-19, há quase 5 anos)... Não é isso o que está acontecendo e vai se utilizar um suposto remédio homeopático (justamente essa ´´ emergência administrativa`` para tentar sanar a solução, sem de fato encará-la de frente). A tal Emergência Administrativa é incoerente considerando que os salários dos secretários municipais foram aumentados, com a criação de 4 novas pastas.
Não é preciso ter olhos pra ver que caberia a ele fazer ou contratar uma grande auditoria nas contas públicas da PMPA, levando tudo o que for descoberto para o MPE e/ou MPF demandar as aberturas de possíveis processos para a responsabilização dos gestores anteriores- e paralelamente continuar o processo de enxugamento da maquina pública com a revisão de todos os contratos com os prestadores de serviço.
Enquanto isso, o prefeito parece estar mais preocupado em produzir conteúdo para as redes sociais, tentando ser um influenciador digital, do que em resolver os problemas graves que assolam a cidade.