Política

Paulo Afonso - Bahia - 29/11/2024

Paulo Afonso. Uma gestão sob o caos e um Legislativo desconectado do Povo

Por Itaíbes Paiva
Divulgação

Nada está tão ruim que não possa piorar. Essa máxima parece se encaixar perfeitamente na gestão de nossa cidade, tanto no executivo quanto no legislativo. Enquanto Paulo Afonso afunda em desmandos administrativos, a situação é crítica: a saúde está na UTI, o transporte público não cumpre sua finalidade, o meio ambiente sofre com a falta de gestão sustentável, e o lixo toma conta das ruas, transformando a cidade em um cenário digno de um lixão a céu aberto. Para agravar, a prefeitura acumula dívidas exorbitantes com fornecedores, funcionários e prestadores de serviços.

Mas o poder legislativo, em vez de atuar como fiscalizador e aliado do povo, decidiu se juntar ao circo de absurdos. Após rejeitar a aprovação de um recurso emergencial destinado, segundo o executivo, ao pagamento de funcionários e fornecedores da saúde, a Câmara Municipal aprovou, em uma sessão discreta, valores vultosos sem resistência. Mais de R$ 20 milhões foram liberados como se a cidade não estivesse mergulhada no caos. 

E como se isso não bastasse, o executivo voltou à carga, solicitando outros R$ 26 milhões em duas partes R$ 3 milhões e R$ 23 milhões, respectivamente, novamente destinados a folha de pagamento e fornecedores que já tramita nas Comissões. Se aprovado o pedido escancara o descontrole financeiro de uma gestão falida.

O Legislativo, contudo, não ficou satisfeito apenas em apoiar gastos questionáveis do executivo. Em um movimento de total desconexão com a realidade da população, aprovou um reajuste salarial de 41% para os vereadores, em um golpe que muitos consideram legislar em causa própria.

Diante da revolta popular, o presidente da Câmara tenta, sem sucesso, justificar o injustificável. Sem argumentos sólidos, convoca todo o secretariado municipal para explicar medidas que já foram aprovadas sem questionamento, em um evidente teatro com um pano de fundo de fumaça para tentar distrair o povo do verdadeiro absurdo aprovados pelos nobres Edis (seus salários).

Mas a população não está mais disposta a aceitar tamanho descaso. Na próxima segunda-feira, cidadãos prometem lotar a Câmara de Vereadores para exigir explicações e responsabilização por esse aumento absurdo e pelas decisões que têm prejudicado a cidade. O recado é claro: o povo está atento, e o tempo de desmandos está chegando ao fim.






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