Nenhum dos ex-prefeitos de Paulo Afonso sofreu qualquer tipo de condenação pelo TSE. São fichas limpas até que se prove o contrário. Fora do clã, só Raimundo Caires Rocha foi julgado culpado e devedor. Ainda estar devendo. Mas os escândalos protagonizados pelas suas sucessivas lideranças ao longo dos anos levaram a imagem dos deuses a uma rejeição popular gigantesca, que acabou pegando de tabela no eleitorado pauloafonsino que votava nos neles.
A última eleição municipal só veio corroborar com o cenário. Dos seis candidatos a prefeito, nenhum foi cooptado por negociatas políticas com o candidato vencedor do pleito. No quadro em tela, Mário César Barreto Azevedo. E não há que se culpar o Galinho, se boa parte dos vereadores foi para o seu lado simplesmente por não saber viver longe do poder.
O último enclave dos deuses em Paulo Afonso, caiu por terra no dia 6 de outubro. Marcondes Francisco e Anilton Bastos, este último já desgastado pelo tempo. A prova disso é que nem a esposa Ana Clara Moreira, ele conseguiu eleger. De agora em diante os deuses seguirão zerados de representantes no município. O futuro de Paulo Afonso agora foi entregue a um ex-vereador. Agora é esperar que o primeiro pauloafonsino eleito prefeito corresponda a expectativa do eleitorado. Se não vingar, o eleitor tira.
É nebuloso o futuro dos deuses. Não é demais se prever que os deuses vão passar muito tempo no purgatório político em Paulo Afonso, até voltar ao poder. O poder não é eterno na política, este é o jogo. Os deuses terão que tentar se reerguer sem a legião de bajuladores que sempre teve nos seus sucessivos governos. Fazer política no poder, é doce; fora do poder, é de gosto amargo. Os deuses terão que se reinventar.
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