Pesquisas, quando sérias, não trazem nas cartelas perguntas que podem induzir o eleitor a se pronunciar favorável a um candidato. Não decide uma eleição, mas serve de parâmetro para situar cada candidatura a prefeito no seu tamanho no cenário. Para isso, o instituto não deve ser de fundo de quintal.
A justiça eleitoral deveria ficar de olho não é em brecar o trabalho de institutos de pesquisas, mas atentar para cada pergunta contida nas cartelas. Vi em algumas pesquisas não registradas, perguntas com clara indução para o eleitor votar em determinado nome.
Principalmente, em Paulo Afonso. Mas como não estavam registradas não posso citar os casos. A pesquisa quando é de má-fé, e atua como cabo-eleitoral deve ser combatida. Mas quando está dentro dos padrões, seus resultados devem ser respeitados.
A justiça eleitoral tem que agir com cautela, evitando que os ataques contra as pesquisas sérias por interesses politiqueiros, não prosperem. O certo é uma coisa: a pesquisa registra o momento de cada candidato na campanha, não decide eleição.
A justiça só não pode é servir de instrumento de partidos que querem evitar que institutos sérios continuem a exercer os seus trabalhos. A justiça tem que separar o joio do trigo na campanha, evitando ser usada para satisfazer um partido que não goste deste ou daquele instituto. A justiça não tem partido.