Política

Paulo Afonso - Bahia - 24/08/2024

Posse silenciada: a farsa de dois grupos políticos

Por: Bob Charles DRT BA 3.913
Divulgação

Qual é o padrão de uso institucional no discurso parlamentar no âmbito do plenário legislativo? Depende das estratégias de comunicação adotadas por quem tem o poder de dar voz ou emudecer os parlamentares apropriando-se dos microfones de forma ditatorial, como foi o caso do presidente da Câmara Municipal de Paulo Afonso, Zé de Abel, quando da posse do prefeito Marcondes Francisco.

Apesar da fala parlamentar está prevista regimentalmente nas sessões, Zé de Abel não se fez de rogado e calou os vereadores aliados em uma clara demonstração de preservar o prefeito de possíveis críticas deixando bastante nítido, para quem ainda tinha dúvidas, de que não há divergências reais entre seus grupos políticos.

 Zé de Abel tem seu nascedouro político na oligarquia que domina o município há três décadas, sempre foi apadrinhado por Luís de Deus e deixou sua subserviência ao grupo de seu padrinho político muito clara ao calar os vereadores na sessão solene de posse do prefeito Marcondes Francisco.

Assim como Zé de Abel, o vereador Pedro Macário, vice de Mário Galinho, não esconde suas raízes e fidelidade ao seu líder político, Luís de Deus. Para não causar desconforto a atual gestão municipal, Macário engavetou as CPIs da saúde e dos terrenos numa demonstração visível de submissão e alinhamento com o grupo político do qual nunca saiu.

Em resumo, são dois grupos políticos em um, encenando uma farsa que cairá por terra em seis de outubro, haja vista que a derrota é o preço maior de quem subestima a capacidade de percepção do eleitor.


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