PAULO AFONSO– Neste sábado (06/jul), aconteceu a aula inaugural do Projeto Moda, Periferia e Sustentabilidade contemplado pela Lei Paulo Gustavo, da artesã Mirte Fernandes em parceria com a empreendedora Jaciede Rodrigues para a capacitação de 22 duas mulheres.
Previsto para trabalhar com 20 costureiras inicialmente, as promotoras precisam abrir mais duas vagas para incluir duas costureiras da Casa Peão Roxo do bairro Siriema. “Elas nos procuraram quando não havia mais as vagas, mas demos um jeito de acolhê-las”, explicou Jaciede.
O projeto cuja primeira aula acontece nesta segunda 08, na parte reformada da loja Espaço Lusho, no BTN 2, é a convergência entre cultura, arte, moda e mais oportunidades para inclusão dessas profissionais que terão ampliadas as suas respectivas capacidades criativas.
“O projeto é um sonho realizado para ambas, une moda, sustentabilidade, valorização da história e culturas africanas e afro-brasileiras e arte, através do reaproveitamento do jeans e da técnica do patch aplique”, acrescenta Jaci.
A aula inaugural contou com a participação da aromaterapeuta e empresária da Dinda Cosméticos, Elane Santos que falou sobre a importância do marketing olfativo para as participantes e promoveu um momento de relaxamento através da aromaterapia. Elane frisou sobre a importância de trabalhar a sustentabilidade para as mulheres da comunidade e levar conhecimento para pessoas que tem pouco acesso sobre o tema.
Lucidalva Maria Ferreira, conhecida artesã do bairro pelas suas camisetas que levam a técnica do patch aplique, abrilhantou a tarde compartilhando sua experiência e apresentando sua arte. Ex-aluna de Mirte, aprendeu a técnica em 2010, no Curso de Valorização Social promovido pelo SESC, relatou que fez o curso para ganhar dinheiro mesmo, aumentar a renda e desde então, não parou! Já participou de diversas Feiras de Artesanato, destacou a sua ida ao FENABA – FESTIVAL NACIONAL DE ARTESANATO DA BAHIA que ocorreu em Salvador e falou com entusiasmo sobre ter uma de suas peças escolhidas para o desfile durante o evento.
As alunas são em sua maioria do complexo do BTN. “Começamos com o pé direito, tendo o projeto financiado e pensamos agora em impactar a vida delas, não apenas como um momento terapêutico, para além disso, que elas consigam multiplicar a renda quando voltarem para casa”, frisou Jaci.
Mirte e Jaciede uniram seus conhecimentos acerca de moda, cultura e arte. “Precisamos pensar em ações concretas para mudar a nossa realidade, além do discurso, isso é empoderar mulheres através da educação e fortalecer a economia.”
Enviar para um amigo
Versão para impressão
