Em uma ocasião, durante um encontro estratégico de campanha eleitoral, o professor e ex-deputado federal Alcides Modesto Coelho (PT), observou que “um excelente gestor pode perder uma eleição enquanto um péssimo pode vencer”. Isso se deve ao fato de que a lógica administrativa e a lógica de uma campanha eleitoral são fundamentalmente diferentes.
Existem gestores, por exemplo, que embelezam a cidade e utilizam as redes sociais para transmitir a impressão de que estão trabalhando diligentemente. Eles proferem discursos emocionais, mas quando chega o momento de mostrar resultados, nada aparece porque na realidade nada foi realizado. Contudo, durante uma campanha, estes gestores abusam do poder, corrompem os eleitores, convertendo-se em personagens corruptos e corruptores.
Por outro lado, existem gestores eficientes, que realmente trabalham pelo bem-estar da população, mas falham em comunicar suas ações e resultados de forma eficaz. Eles podem não ter o dom da oratória ou a astúcia para manipular a opinião pública, o que pode resultar em derrota eleitoral. Assim, a gestão eficiente e a habilidade política nem sempre andam juntas, por isso existem marqueteiros e assessorias políticas.