A diretora do Departamento de Polícia Civil do Interior (Depin), delegada Rogéria Araújo, liderou a operação, que visou a desarticulação de crimes graves comandados de dentro do sistema prisional.
“Chegamos a vários crimes de homicídio que foram ordenados por esses investigados. Além disso, comprovamos a aquisição de armas e o tráfico de drogas como cocaína e maconha, coordenados por esses presos”, explicou a delegada.
A operação mobilizou 200 servidores da Polícia Civil, além de equipes do Gaeco, da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), policiais militares e agentes da Polícia Civil de Pernambuco.
O coordenador de operações da Polícia Judiciária, delegado Artur Guimarães, mencionou que foram coletadas provas significativas, embora não tenha detalhado todos os itens apreendidos para não comprometer a investigação.
“Coletamos elementos que comprovam a comunicação interna e externa dos presos, como celulares, cadernos e anotações”, afirmou Guimarães.
A delegada Rogéria Araújo ressaltou que as investigações buscam, além de neutralizar a comunicação criminosa, identificar possíveis facilitadores dentro do sistema prisional. Ela destacou que o material recolhido será analisado detalhadamente.
“A Polícia Civil não pode afirmar nem negar o envolvimento de funcionários penais. A investigação é complexa e conta com o apoio do Ministério Público e do Gaeco”, concluiu.
A operação teve origem em uma investigação iniciada após a prisão de um suspeito em Senhor do Bonfim, em 2021. O detido era chefe do tráfico de drogas na região e continuava a ordenar crimes de dentro do presídio.