A política de Glória, na Bahia, está vivendo uma semana de intensas novidades e realinhamentos com vistas às eleições municipais de 2024. Em uma surpreendente reviravolta, o vice-prefeito Zé Nilson e seu irmão, o vereador Fabiano Sá, anunciaram sua saída do grupo liderado pelo prefeito David Cavalcanti, do Partido Progressistas (PP), para se juntarem ao projeto político do PSD liderado pelo ex-vereador Alex Almeida. Essa movimentação também tem o apoio do PT, do vereador Valério José.
A resposta do PP a essas significativas baixas não demorou. O partido rapidamente se reorganizou e conseguiu garantir o apoio de duas influentes lideranças municipais que, até então, estavam na oposição: a vereadora Rita Oliveira e seu marido, Ney Oliveira. O prefeito David Cavalcanti celebrou essa conquista em sua conta no Instagram, destacando o fortalecimento do grupo político em torno da pré-candidatura da Dra. Vilma Negromonte à prefeitura de Glória pelo Progressistas. Ele ressaltou o papel de Nivaldo Lopes, Presidente dos Progressistas em Glória, na articulação dessa nova aliança.
A saída de Zé Nilson do grupo do prefeito marca o fim de uma aliança de 16 anos. Nilson aspirava liderar a chapa majoritária do PP com a ex-prefeita Ena Vilma como sua vice. Contudo, o acordo prévio que posicionava Ena Vilma como a candidata a prefeita pelo partido impediu a realização de seu objetivo, motivando sua migração para a oposição junto com seu irmão.
Resta uma incógnita no cenário político de Glória: a posição que Zé Nilson ocupará no PSD. Ao que tudo indica, Alex Almeida, até agora pré-candidato a prefeito pelo PSD, deverá abrir mão desse posto dando lugar ao ex-governista, uma vez que, pela legislação eleitoral, Zé Nilson não poderá sair como candidato a vice, porque em caso de vitória, seria o terceiro mandato seguido no executivo, e isso é ilegal.
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