À medida que o calendário eleitoral se aproxima, o cenário político em Paulo Afonso se aquece, com especulações e análises sobre os principais candidatos à prefeitura. No entanto, é crucial manter a prudência e evitar conclusões precipitadas, lembrando que o pleito eleitoral ainda está distante e as pesquisas refletem apenas um momento específico.
O ex-vereador Mário Galinho é hoje o nome mais forte na corrida pela prefeitura de Paulo Afonso. Sua popularidade e influência política são inegáveis, porém, como bem pontuado pelo ditado popular, “Cautela e Caldo de Galinha não fazem mal a ninguém”. É precoce para Galinho ou seus apoiadores declararem vitória antes do tempo, especialmente considerando os possíveis percalços de uma campanha eleitoral.
Desmerecer a força do adversário soa como prepotência e é um perigo para quem se considerar eleito antes da hora. Uma lição importante a ser aprendida é a história recente de ACM Neto, que, apesar de liderar as pesquisas por grande parte do tempo, acabou derrotado após uma virada surpreendente nas últimas eleições. Isso demonstra que a preferência nas sondagens não é garantia de sucesso nas urnas.
Ademais, não canso de repetir, Galinho vai enfrentar um politico experiente, acostumado a navegar em águas turbulentas com sucesso. O prefeito em exercício Marcondes Francisco, apresenta um currículo político invejável, com nove eleições vitoriosas e muita habilidade politica. Marcondes tem construído alianças sólidas em torno de seu nome, o que o torna um concorrente de peso na disputa eleitoral.
É importante destacar que, tentar transformar a visita de Galinho a governadoria e o fato de ter sido recebido
por Adolfo Loyola, o competentíssimo Chefe de Gabinete do Governador, em uma declaração de apoio de Jerônimo a sua candidatura é, no mínimo, uma interpretação equivocada.
A tradição dos governos petistas é a de tratar bem todos os representantes do povo baiano, sem levar em conta o partido a que pertença, em quem votaram ou deixaram de votar. Receber Mário Galinho levado por um vereador aliado e ainda a pedido do senador Otto Alencar, é apenas um gesto de cortesia do gabinete do governador e não passa disso.
Essa eleição precisa ser pautada por propostas para solução dos graves problemas da cidade, problemas estes que não serão resolvidos com sorrisinhos, tapinhas nas costas ou vídeos sensacionalistas. Então antes de cantar vitória é bom os candidatos começarem a pensar num plano de governo para apresentar a sociedade pauloafonsina. “Saco vazio”, nesse caso, de ideias e projetos, não se sustenta em pé.
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