De acordo com a ONG Sociedade Sustentável, pesquisas feitas indicam que as águas do Rio São Francisco em Três Marias, a 250 quilômetros de Belo Horizonte, em Minas, estão fortemente contaminadas por metais pesados (zinco, cádmio e cromo) lançados pela metalúrgica da extinta Companhia Mineira de Metais (CMM) no fim dos anos 60 e começo dos anos 70.
De acordo com os estudos realizados pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas (UFMG) na Bacia do São Francisco, os metais pesados podem causar câncer e, se forem acumulados pelo organismo, afetar o sistema nervoso e o sistema reprodutivo.
O geólogo Wallace Magalhães Trindade, responsável pela pesquisa com os sedimentos do rio, explica que os rejeitos do passado formam “um estoque de contaminação” que está depositado no fundo do rio. As partículas dos metais pesados sobem e ficam no corpo da água conforme a mudança no volume e na temperatura do rio.
Sabemos que além da presença dos metais pesados, as pesquisas identificaram problemas no Córrego Barreiro Grande (que também alimenta o Rio São Francisco) por causa do lançamento de esgoto urbano e industrial em Três Marias. Durante quase um ano, as pesquisas coletaram amostras de água em um trecho de 160 quilômetros de extensão, que banha 15 municípios.
Com isso o valor nutricional de nossa água cai, permitindo assim sua contaminação, onde ao longo dos anos, esse rio no seu percurso de quilômetros cortando alguns Estados, é objeto de despejo de forma irresponsável e sem um olhar das autoridades.
A água do Rio São Francisco ao que parece não é mais pura, precisamos a partir de agora fazer campanhas de alerta para este grave problema: o despejo por parte das indústrias de material de alto teor poluente que é despejado nas regiões ribeirinhas ou nas suas bacias.
Não há fiscalização ambiental, nem polícia adequada e preparada para tal evento, ou seja, o Estado deveria criar em conjunto com os municípios, um poder de polícia ambiental, unindo forças e aplicando a Legislação adequada, para evitar certas ações nocivas ao homem e ao seu habitat natural.
As águas (IM) puras do Velho Chico estão ficando a cada dia sem condições de beber e mais poluída.