Não é mais novidade a insatisfação dos usuários do restaurante popular da cidade de Paulo Afonso (BA) em relação ao cardápio do almoço servido de segunda a sexta-feira. Desde o último semestre de 2023, se alimentar com uma pequena porção de arroz, feijão e um ovo frito tem sido a rotina de centenas de pessoas de baixa renda que frequentam o programa da Rede de Segurança Alimentar e Nutricional do Município, desde sua implantação, em dezembro de 2007.
A reportagem do site ouviu opiniões de vários usuários do programa, mas as palavras usadas para descrever a forma de governo praticada atualmente são impublicáveis.
O comentário mais suave foi do aposentado Antônio Paulo Feitosa. Segundo ele, a pequena quantidade e a péssima qualidade da comida servida atualmente estão afastando os usuários. Ele deduz que as pessoas que continuam frequentando o programa é por falta de opção, mas, mesmo assim, são obrigadas a comprar no mínimo duas fichas para saciar a fome.
“É uma situação que merece nota zero, mas eu vou dar nota dois, em respeito às pessoas que não têm outra alternativa para fazer suas refeições, mas afirmo que a alimentação servida nos últimos meses é péssima. Feijão com arroz e ovo, e um copinho de suco muitas vezes quente e sem açúcar, não tem nenhuma qualidade e só quem se submete a essa humilhação é quem não tem outra alternativa”, observa.
Ainda segundo a observação do senhor Antônio, a falta de pagamento de faturas emitidas à Prefeitura pela Lemos Passos, empresa que administra o restaurante popular e a cozinha comunitária do bairro Benone Rezende, é inadmissível. Ele reforça que os recursos financeiros captados mensalmente pelo Município são suficientes para manter os serviços considerados essenciais.
“Falta de dinheiro eu acredito que não é, porque antes de Luiz de Deus se afastar para cuidar da saúde, a comida era boa, o cardápio variava, tinha sobremesa, mas depois que o vice-prefeito assumiu mudou tudo. A comida diminuiu, a sobremesa sumiu, começaram a servir ovo e continuam até hoje. Nós sabemos que com os recursos que a Prefeitura recebe todos os meses, isso não deveria acontecer, porque entra muito dinheiro e ninguém sabe quanto estão gastando”, conclui.
Enviar para um amigo
Versão para impressão
