No próximo pleito, os pauloafonsinos elegerão não mais 15 vereadores, mas 17. “Isso mexe com o cenário e traz a possibilidade de estimular novos players a participar do processo”, comentou o sociólogo José Renato de Melo. Apesar disso, mais vagas podem atrair também quem já teve mandato e hoje está sem.
Historicamente, há uma tendêcia de se buscar novos nomes na Câmara e percentual de renovação têm oscilado entre 40 e 50%. Justamente por isso, nos corredores do legislativo municipal o comentário é de que, com mais cadeiras disponíveis, aumentariam as chances dos atuais vereadores se reelegerem. O especialista aposta na renovação, mas com ressalvas: “Não quer dizer que serão nomes inéditos. Provavelmente, muita gente que já teve mandato e não se reelegeu volta nessa eleição”, destacou.
No entanto, ainda que é preciso se atentar para as questões partidárias que podem interferir no processo. Por exemplo: as federações, que agora valem. Nesse contexto, ainda inserem-se os partidos que perderam o fundo partidário e vão ter que se fundir para ter alguma chance nas eleições. Também é preciso levar em conta que a eleição para Câmara é pulverizada: muitos candidatos para poucas cadeiras. “Voto de vereador é voto de bairro”, resumiu.
A Câmara, na visão do especialista em Marketing Político, permite a eleição de perfis diferentes, mas todos alinhados com o seu eleitorado. “O pior problema de qualquer politico é não entender quem é seu eleitor e qual é o seu próprio perfil. Quem não entende isso gasta muita energia e acaba não falando com ninguém. Se der tiro pra todo lado, a possibilidade de se perder no meio do caminho é grande”, avisou Renato
Todos os fatores listados acima, somados, devem definir se haverá uma tendência maior de continuidade ou renovação. Justamente por isso, para conseguir se fazer notado no pleito, é preciso considerar todas essas variáveis.
O advogado Laércio destaca que o mais importante para quem nunca disputou um cargo no legislativo é desmistificar a percepção equivocada que muitos têm de que eleição para vereador é concurso de “miss simpatia”. “O eleitor cada vez mais se pergunta: porque eu vou votar nessa pessoa?”, sugeriu.