As chuvas que pegaram os pauloafonsinos de surpresa na penúltima semana do ano deram os primeiros sinais do verão. Mas essas mesmas chuvas que precederam a chegada da estação mais quente do ano trouxeram visitantes que não são bem vindas: as temidas plantas aquáticas chamadas popularmente de baronesas voltaram a aterrorizar os proprietários de quiosques do balneário Prainha, ameaçando afugentar os turistas, o que resultaria na demissão inevitável de funcionários, devido à queda no movimento.
Numa cidade que passa por graves problemas financeiros causados por negligência de atuais agentes públicos, serve ovo no restaurante popular e não tem recursos sequer para festejar o Natal, o verão é visto como a mola propulsora do esperado fluxo de turistas na chamada alta temporada.
Mas para fugir da responsabilidade de retirar as baronesas da Prainha e entregar o presente de grego à Chesf, o Governo Municipal escolheu como menina dos seus olhos o complexo de lagos do antigo Acampamento. Enquanto isso, no ponto turístico que deu origem à famosa Copa Vela, os proprietários de quiosques amargam o prejuízo e lamentam terem que dispensar a mão de obra de colaboradores, pais e mães de famílias que têm naquele trabalho nos finais de semana sua única fonte de renda.