O povo de Paulo Afonso já se acostumou a viver um drama que parece interminável, assim como as telenovelas mexicanas. Toda vez que a temperatura atinge picos quase insuportáveis é um sinal de que as fortes chuvas estão chegando. E foi isso que aconteceu de novo nesta quarta-feira (20).
As chuvas são bem vindas, mas o problema é que, ao mesmo tempo em que amenizam o calor, causam uma série de transtornos como alagamentos, lentidão no trânsito e casas invadidas pela água em localidades mais baixas. No ano passado, uma mulher, por pouco não foi arrastada pela correnteza no cruzamento das ruas São Francisco e 31 de março, sendo resgatada por um rapaz que passava pelo local no momento exato do incidente.
Os pontos do centro da cidade costumeiramente mais atingidos pelas enxurradas são as ruas 31 de março e Manoel Novaes, mas é na BA 210, entre o parque de exposições e a Rua México no bairro Prainha, que o problema é mais grave. A água da última chuva, acumulada por falta de um sistema de drenagem está prejudicando o movimento das lojas e oficinas localizadas na Avenida Eraldo Rocha.
Comerciantes que trabalham na área e dependem financeiramente de suas pequenas empresas sugerem a construção de uma galeria subterrânea para receber as águas de chuvas e levá-las ao balneário Prainha. Outra opção seria a colocação de manilhas atravessando o parque de exposições, para escoar a água para o outro lado do lago. Nenhuma das opções causaria dano ambiental, visto que as águas escoadas para o lago seriam unicamente de chuvas, que, aliás, não costumam cair com tanta frequência em Paulo Afonso. As sugestões foram dadas. Agora é só rezar para que alguma alma caridosa da Prefeitura aceite.