Da série ‘esqueça o que falei no verão passado’, o deputado estadual Paulo Rangel (PT) é um dos deputados que querem pendurar as chuteiras da disputa eleitoral, e agora mira a cadeira vaga, a partir de dezembro, no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Até aí tudo certo. A grande questão é que Paulo Rangel defendeu nos governos de Jaques Wagner (2007-2014) e Rui Costa (2015-2022) a extinção da corte de contas.
“Eu sempre comunguei da extinção do TCM não só em virtude do que acontece em relação às contas, mas porque só três no Brasil praticamente mantém TCM. O restante tem tribunal de contas do estado. Isso diminui despesas", defendeu à época.
A ironia do destino continua. O petista presidiu a comissão na Assembleia Legislativa da Bahia para discutir a extinção do tribunal. O colegiado aprovou uma série de viagensa estados onde o TCM foi incorporado ao Tribunal de Contas dos Estados (TCE). No Brasil, apenas a Bahia, o Pará, o Ceará e Goiás possuem TCMs.
O ex-governador Rui Costa, ao defender o fim do tribunal, disse que o desaparecimento do órgão representaria uma economia de R$ 200 milhões.
Neste ano, porém, mudou de ideia. O mesmo ocorreu com o ex-deputado Marcelo Nilo. Quando presidente da Casa, também batalhou pelo fim da corte. Agora, quer ser um dos conselheiros.
Enviar para um amigo
Versão para impressão
