A chance de uma refeição completa que caiba no orçamento minguado de milhares de frequentadores do restaurante popular Dom Mário Zanetta pode acabar a qualquer momento, quando a única unidade do programa corre sério risco de fechar as portas, em Paulo Afonso.
A falta de pagamento a fornecedores e de entendimento entre o governo do estado, o governo federal e a Prefeitura ameaça o funcionamento do único restaurante popular na cidade. Os clientes são em sua maioria pessoas de baixa ou nenhuma renda. Durante uma das sessões da Câmara de vereadores, um dos assuntos em pauta foi o cardápio do Restaurante Popular – que serve refeições no horário do almoço ao preço de R$3,000 para o público.
A queixa, que partiu do vereador Marconi Daniel (PV), foi referente à falta de proteína. Segundo o parlamentar, o que tinha para comer era feijão, arroz e ovo. “Não tinha uma ‘mistura’”, reclamou MD dizendo que o trabalhador precisa de uma comida com mais “sustância”.
Uma funcionária do restaurante popular disse que a solução encontrada pela empresa responsável pela unidade para continuar atendendo ao público foi reduzir o quadro de trabalhadores e adaptar o cardápio, substituindo receitas que exigem ingredientes mais caros, como o bife à milanesa, por outras mais baratas, como almôndegas, ovos e linguiça. Ontem, o ovo era a alternativa para quem não quisesse as almôndegas.