PAULO AFONSO- Visivelmente mesquinhas e de nenhum espírito público, as gestões dos prefeitos Luiz de Deus (PSD) e, agora, o interino, Marcondes Francisco (PSD), não acolheram um dos projetos mais importantes para auxiliar novos e pequenos empreendedores do município: o Espaço Colaborar, de iniciativa do governo do estado.
O governo disponibilizou inicialmente 24 unidades espalhadas por toda Bahia, uma delas, viria para Paulo Afonso com toda estrutura: TV LED 58 polegadas, 2 poltronas giratórias, 1 quadro branco, 11 mesas de trabalho, 1 webcam, 01 câmera para videoconferência, 4 puffs, 1 câmera infravermelho, 1 home theater, 2 bancadas com gavetas, entre outros objetos para fomentar o empreendedorismo.
O aparelho foi conseguido pela vereadora Evinha (Solidariedade), com apoio do então deputado estadual Jacó (PT), há quase três anos. Nesta segunda (06/nov), a vereadora desabafou após ser informada pelo governo do estado que o município não receberia o projeto. Findou o prazo sem que a prefeitura oferecesse um local para o Espaço Colaborar funcionar.
“O convênio foi assinado por parte da prefeitura, porém, não foi feito o mínimo, que era a disponibilidade de um local e um servidor, era essa a contrapartida da prefeitura. Eu falei com o secretário de Comércio, falei com uma colaboradora da pasta, disseram que estavam à procura de um espaço, e agora, eu recebi o distrato, ou seja, o governo da Bahia diz que não vem mais para Paulo Afonso”, informou a vereadora.
Evinha ressaltou ainda que havia boa vontade por parte do governo em colocar o Espaço Colaborar em Paulo Afonso. “Não é falta de olhar do governo do estado para Paulo Afonso, é descaso da gestão em fazer a nossa economia caminhar.”
A vereadora, nesses quase três anos de atuação, procura oferecer oportunidades para que pequenos empreendedores despontem e comecem negócios. São feiras voltadas para a mulher empreendedora, curso de formação, apoio aos órgãos que regulam as atividades comerciais, e, vale acrescentar: para todos, sem distinção de partido.
O Espaço Colaborar esbarrou numa mentalidade. São políticos que cultivam a dependência da prefeitura, que afugentam iniciativas que priorizam a autonomia financeira do cidadão.
“Um dos princípios que norteiam a minha atividade política é o bem-estar das pessoas que pagam o nosso salário, para que a gente possa fazer algo em prol da população, e não existe situação boa onde não há oportunidade de trabalho. Empreender é um caminho para criar essas oportunidades”, resume Eva.