Com tanta “efervescência”, fica difícil para a grande maioria pensar em outros temas, como por exemplo as eleições municipais previstas para acontecer só lá em 2024.
Voltemos ao nosso cenário regional porque, mesmo ainda aparentemente faltando tanto tempo, também tem gente pensando – e muito – no processo sucessório.
Alguns, inclusive, já estão tomando decisões que, se não confirmadas oficialmente, estão muito claras a quem quiser ver.
É o caso, por exemplo, da sucessão de Paulo Afonso: o atual prefeito Luiz de Deus (PSD) – todos sabem – já foi reeleito em 2020 e não poderá tentar o mesmo feito em 2024. Por isso, tem de preparar alguém e, como a lei não permite o apoio a familiares como sua neta, Luiza de Deus, a escolha já está feita em favor de seu vice-prefeito Marcondes Francisco
Alguém tem dúvida disso? A certeza da escolha do Conde é tão grande, mas tão grande, que será surpresa se Luiz de Deus anunciar outra coisa à frente da Prefeitura.
Outra sucessão que desperta, no mínimo, muita curiosidade e que já começa a se desenrolar é a do gloriense David Cavalcanti (PP), que, assim como Luiz de Deus em Paulo Afonso, também não poderá tentar a reeleição em 2024.
Depois de um verdadeiro “banho” em seus oponentes na eleição de 2020, David referendou seu papel de principal liderança política da cidade, mas, assim como grande parte da classe, quer garantir a permanência duradoura de seu nome e influência nesse jogo todo.
Depois disso, em 2026, o projeto é o seguinte: lançá-lo candidato a deputado estadual, para também lhe dar a cancha política em nível estadual.
Naturalmente, muita água ainda há de correr por debaixo da ponte antes que tudo isso se confirme e, principalmente, que dê certo aos seus protagonistas e estrategistas. Tudo, aliás, pode se transformar num grande balão de ensaio, justamente para observar o que a opinião pública tem a dizer, partindo inclusive da análise que é feita neste momento, por esta coluna.