Outro usuário da Rede de Saúde Municipal que se sente prejudicado é João Batista, morador do bairro Barroca. Ele mostra um documento do Ministério Público que determina ao Município, o fornecimento da medicação prescrita, porém, ninguém explica o descumprimento da determinação.
"Já são oito meses de luta para receber meus remédios, mas toda vez que procuro, as funcionárias do setor de distribuição dizem que o processo licitatório está em andamento. Eu gostaria que alguém me explicasse se essa demora é normal", diz.
João lembra que já relatou a situação ao secretário Municipal de Saúde, Adonel Júnior, mas não obteve uma resposta satisfatória. "O secretário me atendeu só por educação, no entanto, não demonstrou nenhum interesse em resolver o problema", relata.
A denúncia foi pauta de matéria do telejornal Bahia Meio Dia, na última sexta-feira (16). No final da reportagem, foi lida uma nota da Secretaria Municipal de Saúde informando à produção do jornal que o motivo do problema foi um parecer do Tribunal de Contas que fez o processo licitatório, que estava na fase final, retornar ao início da tramitação. Ainda segundo a nota, os referidos medicamentos são custeados pelo Município, e os pacientes estão sendo encaminhados às farmácias conveniadas para receber.
Os pacientes entrevistados desmentem. Eles reafirmaram que até a exibição da matéria, não haviam recebido seus medicamentos.