Há muito tempo que Paulo Afonso vem perdendo espaço no turismo e nos eventos para cidades da região circunvizinha, Piranhas e Xingó. Não adianta justificar o insucesso de Paulo Afonso no turismo com a falta de cânions e de estrutura (hotéis, restaurantes, pontos turísticos), porque nós também os temos, apesar da falta de incentivos públicos. Paulo Afonso tem aeroporto há cinquenta anos, todavia, os turistas pousam aqui e vão para outros destinos.
A culpa também não é da pandemia, pois desde 2022 que outras cidades vêm fazendo grandes festas, como emancipação política, Carnaval, São João e festas de final de ano, com atrações de peso e Paulo Afonso esse ano, fez somente o Moto Energia, com público específico, deixando as festas juninas a desejar, com atrações que não empolgam o público.
A história bíblica traz o ensinamento que o poder de Deus prevalece sobre a força humana. A passagem religiosa da batalha de Davi contra Golias nos ensina como uma gestão pública séria e responsável traz frutos para toda a população, mesmo sendo um município de pequeno porte.
Desde ontem que Glória, o Davi dos municípios, realiza suas festas em homenagem ao padroeiro Santo Antônio e preparou uma estrutura fantástica, com a participação maciça do público de toda região. A cidade ficou bastante movimentada devido à festa, que foi programada e divulgada com antecedência, e atraiu um público nunca visto antes na região, talvez pela falta de opções, mas que agradou a todos.
Enquanto Paulo Afonso, o Golias, mostra-se soberbo, por ser um município de porte médio, rico e um polo regional, negligenciou a gestão de seus recursos e deixou de investir nas festas juninas e em outros eventos que movimentam a economia local, Glória, gerida por David Cavalcanti, deu uma lição que não se precisa de muitos recursos para fazer uma festa de qualidade e movimentar a roda da economia.
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