Oficializado como o novo presidente estadual do PP, o deputado federal Mário Negromonte Júnior, afirmou, nesta sexta-feira durante a convenção do partido, que respeitará a decisão da maioria dos membros quando questionado sobre o caminho que o partido seguirá: se ficará ao lado do prefeito Bruno Reis (União Brasil) ou se voltará ao grupo liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT).
"É por isso que fui escolhido para assumir essa posição de presidente, porque consigo transitar bem nos diversos campos políticos da Bahia. Com muita humildade e tranquilidade, conduziremos essa questão. Tenho minha posição pessoal, que será revelada no momento adequado. Como presidente, terei que administrar essa situação, mas tenho um compromisso com o partido de seguir a maioria. Já tenho uma noção dessa maioria, talvez ela esteja em linha com o meu pensamento pessoal, mas devemos respeitar a todos", disse, em entrevista ao site Política Livre.
O parlamentar mencionou que assumir a presidência do PP após as gestões de Mário Negromonte e João Leão é "um grande desafio". "Nossa missão é ouvir cada vez mais as lideranças, ouvir prefeitos, vereadores, vice-prefeitos, nossa base, com muito respeito, e trabalhar na direção do partido com humildade, fé em Deus e modernidade. Devemos fortalecer a filiação partidária e buscar crescimento através de lideranças importantes, tanto no âmbito estadual quanto nas eleições que podem beneficiar o partido em Brasília", explicou.
Definido como um dos vice-presidentes estaduais do PP, o secretário de governo da Prefeitura de Salvador, Cacá Leão, garantiu que o partido estará com Bruno na disputa eleitoral do ano que vem.
“A partir de agora a gente vai tratar das questões municipais, desde sempre há um compromisso do partido de Salvador, que vai marchar com o prefeito Bruno Reis, esse é um compromisso assumido de muito tempo, a gente vai honrar o apoio que o partido recebeu, a gente recebeu nas eleições de 2022, isso é consenso dentro do partido”, contou.
Ele lamentou, na ocasião, a desfiliação do ex-deputado federal Ronaldo Carletto da sigla: “Infelizmente ao longo dessa caminhada perdemos o ex-deputado Ronaldo Carletto, que foi meu suplente e assumiu a presidência do Avante, mas continuamos juntos, nos estruturando para fazer um partido cada vez mais forte, cada vez mais unido, e tocar a bola para frente”.
Diante da possibilidade de nomes como o do deputado estadual Nelson Leal e do deputado federal Claudio Cajado deixarem o PP, Cacá respondeu que “tudo pode acontecer”. Porém, minimizou:
“Isso é uma coisa que está muito embrionária, a gente tem aí a questão da fidelidade partidária, temos aí alguns caminhos que precisam ser colocados, essas pessoas têm ainda um compromisso com o partido, com a justiça eleitoral, e tudo pode acontecer. Se vão sair lá na frente é uma decisão de cada um, volto a dizer, eu acho que temos que respeitar, eu sei muito bem separar a questão político-partidária da relação pessoal, continuarei amigo de todos".
Uma situação não passou despercebida durante a convenção. Os nomes citados anteriormente, e que apoiavam Carletto para a presidência, não estiveram presentes.
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