"O silêncio tem sido a resposta desta gestão". Foi com essa frase que o vereador e líder da oposição, Marconi Daniel (PV), iniciou a sua fala na tribuna nesta segunda-feira, 08,
durante sessão na Câmara de Vereadores de Paulo Afonso. O parlamentar defendeu o trabalho da oposição em prol de uma cidade com mais desenvolvimento.
"A maioria esmagadora por parte do prefeito diz que a oposição só está fazendo zuada. Estamos trabalhando ao lado do povo que precisa. Eu também falei da preocupação de Paulo Afonso. Chega de só fazer serviço paliativo, sendo que essa é a obrigação do município", defendeu.
O parlamentar foi enfático ao pedir uma vez por todas que a Casa Legislativa tenha acesso aos gastos com transporte público de alunos da rede municipal de ensino. "Recebi mensagens de jovens, que deixaram de ir à escola, porque a prefeitura não pagou o transporte escolar. Sabemos que o orçamento da prefeitura virou uma bola de neve. A prefeitura está enrolando os fornecedores, nosso comércio está falido. Precisamos ver esse contrato do transporte escolar, porque em semana de prova, o aluno sai penalizado, sem ir a escola por falta de ônibus", cobrou.
Para o vereador, o problema vivenciado hoje é grave, pois a cidade de Paulo Afonso vive hoje um sucateamento financeiro. "A preocupação hoje é quem sobre quem vai ficar no poder: Marcondes ou Luiz de Deus? Não vemos preocupação de grupo político para desenvolver a cidade, vemos uma guerra política onde cada um se beneficia da forma que quer. Ninguém quer prestar serviço para a prefeitura de Paulo Afonso porque sabem que não vão receber", explicou.
Problemas recorrentes
Seja na área urbana ou na área rural, os problemas se repetem e causam frustração ao pauloafonsino. "Temos que fazer uma boa reflexão. Vemos o BTN, um bairro gigante, mas que não vem recebendo dinheiro algum, diferente da administração que está estourando de dinheiro. Para onde está indo esse dinheiro? Na área rural é descaso em todas as localidades, um verdadeiro estado de calamidade, onde quase intransitável está a área rural. Como o agricultor vai ter entusiasmo de plantar se não tem uma estrada para transportar seu produto?", questionou.
E acrescentou: "As sequelas que a CPI COVID deixou são graves. Famílias perderam entes, ficaram sem receber assistência, e o pior, pegaram o dinheiro do povo. É triste ver por aí cidades menores que Paulo Afonso mais desenvolvidas. Vivemos um retrocesso. Precisamos de uma gestão atuante para que consiga elevar Paulo Afonso no patamar de uma das cidades desenvolvidas do interior da Bahia", finalizou.
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