PAULO AFONSO- Na última segunda-feira (20), mães e pais de crianças e jovens atípicos foram representados na Câmara Municipal pelos membros da Organização Social Atípica – ainda em fase de construção-, Camila e doutor Afonso.
Por meio da exposição deles, foi evidenciado, em primeiro lugar, as deficiências do município em ofertar terapias que permitam o cuidado e, consequentemente, a evolução das habilidades sociais das crianças - imprescindíveis para que elas se tornem adultos com mais autonomia.
“A referência para o tratamento das crianças atípicas é o Núcleo Desenvolver. As mães chegaram aqui e reclamaram o recurso das emendas impositivas, porque infelizmente a prefeitura não executa, isso é falta de respeito com a população e com o vereador que foi sensível à causa”, disse Evinha.
De acordo com a Atípica, a soma das emendas impositivas orçadas desde 2019 chega a 1 milhão de reais. Até o presente momento nenhuma foi executada.
“Tem as carteirinhas dos autistas, algo simples de ser implementado e que resolveria problemas básicos do dia a dia dos pais, mas a prefeitura não faz, é um atendimento precário”, pontua a vereadora.
“Quando a gente confronta essas informações com o plano de governo do prefeito Luiz de Deus vemos que não houve qualquer menção à situação das crianças atípicas”, acrescentou.
Em relação à acessibilidade na pousada de Salvador, que, segundo os pais, não há, a vereadora informou que a prefeitura colocou um aditivo no contrato de 1,6 milhão de reais.
“A prefeitura precisaria exigir antes do aditivo essas adequações, pedir barras e rampas já que não tem o acesso.”
“Não se abalem quando ouvirem por aí que vocês querem mídia, nós da oposição também passamos por isso todos os dias”, aconselhou Evinha.