Os números impressionam, do total de presos no presídio regional e na delegacia de Paulo Afonso mais da metade são provisórios, muitos sem data para acontecer. Sem perspectivas, eles acabam se envolvendo com presos já condenados. Com a grande quantidade de presos provisórios a superlotação é inevitável.
Essa situação critica é destaque diariamente na imprensa local. Enquanto a média no país é de 45% de presos provisórios, aqui o índice é superior a 100%.
Em Paulo Afonso, o sistema prisional esta com sua capacidade máxima totalmente comprometida. A delegacia, por exemplo, que tem capacidade para 12 presos, esta nesta quinta-feira (16) com 40 e já chegou a abrigar em uma ocasião 100 almas vivas. A superpopulação já provocou três tentativas de fugas, a última em outubro, com o registro de uma morte.
Para mudar esse quadro o judiciário vem promovendo mutirões para agilizar o julgamento desses presos. No último, realizado semana passada, justamente no dia em que presos resolver promover um quebra quebra na cadeia, 6 presos foram soltos. Um advogado que não quer se identificar estima que só os mutirões carcerários não suficientes. Para ele, as ações da Defensoria, do Ministério Público e do judiciário têm que funcionar de forma ordenada para que se possa diminuir esse índice e alcançar o que determina a legislação.
Enviar para um amigo
Versão para impressão
