PAULO AFONSO – Nesta quinta-feira (23), a Câmara Municipal abriu os trabalhos do Legislativo, que, segundo a vereadora Evinha (Solidariedade) não pôde, a rigor, ter recesso em meio à crise financeira e de gestão que se abateu sobre a prefeitura, nas palavras dela “como nunca vimos antes”.
Evinha questionou como a prefeitura pretende fomentar atividades turísticas e, consequentemente, comerciais na cidade, por meio de eventos, se não consegue organizar um carnaval para crianças?
“Se não consegue organizar um evento simples para começar no horário, não vai conseguir organizar o restante, não vai”, comentou a vereadora sobre a frustração dos pais com as crianças no Balneário.
“A gente também gosta de festa, mas a questão não é essa. A prefeitura precisa entender que a fonte de renda de uma cidade não pode ser unicamente o cabide de emprego que ela mantém lá; é preciso acabar com o cabresto, de manter as pessoas sem oportunidades e pensar em alternativas para gerar renda.”
“Pagamentos atrasados”
Evinha elencou uma série de problemas financeiros enfrentados pela prefeitura destacando entre eles o aviso de uma escola no qual diz: “não terá aula por falta de transporte escolar”.
“Eu nunca vi, né, pelos menos nesses dois anos em que estou aqui; falta de pagamento de uma terceirizada que atrasou o salário de zeladores e vigilantes - cuja única renda é essa para colocar comida na mesa e ter dignidade; atraso no Cartão Cidadania e, por fim, até o pagamento dos próprios funcionários que ficaram incertos sobre o dia.”
A vereadora enfatizou ainda que, com 33 milhões por mês, não há como justificar tantos atrasos a não ser por incompetência do governo.