A permanência da família do ministro Rui Costa no Palácio de Ondina após sua saída do governo tem potencial de gerar problemas legais para ele e o sucessor, Jerônimo Rodrigues (PT). De acordo com o artigo 20 da Constituição Estadual, apenas o governador da Bahia possui direito a residência oficial, com custos bancados pelos cofres públicos.
Um mês e meio depois de perder o direito de habitar o palácio, o chefe da Casa Civil da Presidência ainda não desocupou o imóvel, impedindo que o novo inquilino se mude para o espaço de uso exclusivo do governador desde 1967.
Ao mesmo tempo, não está claro se as despesas domésticas continuam a cargo do Executivo ou se serão pagas por Rui. Conta que inclui água, energia, internet, limpeza, pessoal, manutenção e itens da despensa.
No núcleo de auxiliares próximos a Jerônimo, a permanência da família do ex-governador no palácio é atribuída a atrasos na reforma do apartamento comprado por Rui na Mansão Bahiano de Tênis, condomínio de luxo situado na Graça.
Embora passe a maior parte do tempo em Brasília, o ministro também utiliza a residência oficial do governador quando está em Salvador. Até que a família de Rui Costa se mude definitivamente para a Graça, Jerônimo seguirá no mesmo local onde mora há anos: um apartamento no Residencial Versailles, condomínio de alto padrão do Caminho das Árvores.