Política

Paulo Afonso - Bahia - 25/12/2022

Bolsonaro será o aposentado mais bem pago do país, com R$ 92 mil, pagos com recursos públicos

Tribuna da Internet
Foto: Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro tem motivos para comemorar o Ano Novo. Em 2023, ele vai abandonar essa chatice de ser chefe do governo, culpado de tudo de ruim que acontece, e receber aposentadorias de fazer inveja aos países mais ricos do mundo. Com o reajuste recém-aprovado, a aposentadoria da Câmara Federal chega a R$ 40 mil, com mais R$ 12 mil de aposentadoria de capitão e outros R$ 40 mil do PL com mansão e escritório luxuoso também pagos pelo partido.

Além desses R$ 92 mil, tem a renda dos aluguéis de seus muitos imóveis, e ainda terá dois carros de luxo, com motoristas, combustível e manutenção grátis, e seis assessores em cargos DAS, passagens aéreas e estadias, tudo pago pelo contribuinte que teve de aturá-lo por quatro longos anos.

SENADOR VITÁLICIO – E pensar que o senador amazonense Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo, ainda quer oferecer mais R$ 40 mil para Bolsonaro exercer um cargo de senador vitalício… É uma vergonha. Se isso for aprovado, será um escárnio. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) diz que não passa. Será?

Eles querem dar a Bolsonaro, uma renda de R$ 132 mil por mês. Bem, os rendimentos já estão em R$ 92 mil, falta pouco. Aí eu pergunto: O que o mercado acha dessas despesas, dessas benesses?

Olhem a incoerência. O famoso mercado está com os nervos em frangalhos com a possibilidade dos aposentados do INSS terem um ganho maior, devido à Revisão da Vida Toda para quem se aposentou antes de 1994. Isso não pode? Depois reclamam, quando se diz que o país é excludente com os mais pobres.

NÃO HÁ JUSTIÇA – Durante sua vida, Bolsonaro trabalhou pouquíssimo e terá R$ 92 mil garantidos por mês, pagos com recursos públicos. Êta país injusto! Justiça só existe no paraíso. Mas lá só entra quem não tem pecado, então justiça não existe, porque somos todos pecadores.

Como disse Caca Diegues, nosso grande cineasta em sua coluna de O Globo, Bolsonaro vai para casa, mas os bolsonaristas, aos quais ele deu voz e que estavam no armário, continuarão por aí, infernizando e ameaçando a democracia.

O novo governo, que assume em 1º de janeiro, não pode errar, sob pena de nos jogar na beira do abismo, pois a turma favorável ao golpe contra as instituições só está esperando uma chance. Qualquer uma serve, desde que possibilite a volta de Bolsonaro ao poder.


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