Política

Paulo Afonso - Bahia - 30/11/2022

Apoio a Lira vem da necessidade de ter relação no Congresso, diz Zé Neto

Por Rodrigo Daniel Silva ´Tribuna da Bahia
Foto: Divulgação

O deputado federal Zé Neto (PT) justificou, ontem, a decisão do seu partido de apoiar a reeleição do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). 

“Aqui no Congresso vai ter muito jogo de cintura. Esse apoio a Lira vem da necessidade de conviver, de ter uma relação com os dois: a Câmara e o Senado. Vai ser um governo (o de Lula) do diálogo, e eu acho que tem um ambiente muito favorável para que isso aconteça. A gente vai ter que construir um diálogo com Lira e com o Senado para que tenha condições de a gente avançar. Não tem outro caminho tanto para aprovar a PEC do Bolsa Família como para as diversas temáticas”, disse o parlamentar, em entrevista à Tribuna. 

Protocolada na última segunda-feira no Senado, a PEC da Transição foi rebatizada por iniciativa do PT, que prefere chamá-la de PEC do Bolsa Família. Foi uma forma adicional encontrada pelo partido para pressionar os parlamentares a aderirem à proposta, sob pena de parecerem ser contra o benefício social em momento de crise.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o acordo entre o PT e o Lira só não ocorreu antes por causa de alguns entraves. Um dos entraves envolvia a participação do PT na Mesa Diretora e a disputa por comissões. Lira já tinha prometido ao PL e ao União Brasil a presidência da CCJ (comissão de Constituição e Justiça) nos próximos dois anos, com revezamento. Para conquistar espaço na Mesa Diretora e em comissões importantes, o PT costura acordos com outros partidos, como PSD e MDB. 

Zé Neto ainda criticou a situação em que o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) deixará o país no dia 31 de dezembro. “O desmonte do estado brasileiro é muito grande. A gente vai ter além do desafio da PEC do Bolsa Família. Teremos que tentar uma solução para a falta de recursos em várias áreas. São R$ 40 bilhões faltando para a Saúde. No momento crescente de Covid, vai precisar de reforço, de vacina, de atacar... A ressonância que fizemos mostrou que a situação está feia. É uma tragédia muito maior do que a gente esperava encontrar em todas as áreas”, disse Zé Neto.  

Já sobre o governo de Jerônimo Rodrigues (PT), Zé Neto afirmou que a situação é melhor uma que será uma administração de continuidade. “Acho que na Bahia acontecem as coisas muito melhor. Está caminhando de forma organizada para uma transição pacífica e tranquila. Não caminha mais porque espera algumas coisas aqui (no governo Lula) para espelhar na Bahia”, afirmou. Questionado se pode virar secretário no governo de Jerônimo, o deputado federal praticamente descartou a possibilidade. “Não está no meu radar ser secretário”, salientou 


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