“Isto é o Brasil.” Já ouviu essa frase antes? Ela não é a única conclusão a respeito de quem somos e como agimos. Deixando de lado as exceções, a discussão se é maioria ou não, e lembrando sempre de Nelson Rodrigues, que alertou sobre a unanimidade burra, a verdade é que o pensamento e a visão comuns são de que está na origem do povo brasileiro a propensão, a inclinação e a predisposição crônica e generalizada de tomar atitudes e ter comportamentos que lhe interessam de forma particular.
E, pior, acreditando que o “jeitinho” não faz mal, é inofensivo, nada prejudicial. E, ainda mais assustador, crendo que, dependendo do delito, é justificável e tolerável ser “esperto”. Quem não se deparou numa roda de conversa com opinião do tipo “roubou, mas fez”, em referência aos políticos?
A avaliação não é nada otimista sobre o futuro de Paulo Afonso. Não há nada que aponte para uma possível renovação política, nas eleições de outubro. A política local está condenada ao fracasso nas urnas, Sobre as queixa da sociedade, o que se intensifica nas redes sociais, sou incisivo:
– A classe política é o espelho da sociedade.
Julgar não é fácil e carrega armadilhas. Interpretar atos e ações baseados em impressões ou fatos nem sempre encontra unidade de pensamento. Há o outro lado da moeda que virá à tona e, justa e democraticamente, precisa de voz. O que exige cuidado, porque a história prova que não há justificativa para tudo. Há situações em que existem apenas dois lados: o certo e o errado.