As provas de que processos forjados de alto valor eram direcionados para a vara controlada por integrantes do esquema desarticulado pela Operação Inventário foram determinantes para prisão do juiz aposentado Rosalino dos Santos Almeida, que atuou por quase três décadas na Comarca de Paulo Afonso.
O magistrado foi um dos oito alvos da terceira fase da Inventário, deflagrada nesta terça-feira (7) pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP) contra uma organização criminosa acusada de cometer fraudes milionárias em ações judiciais.
As investigações coordenadas pelo Ministério Público descobriram que o sistema de distribuição processual do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) foi manipulado para favorecer o esquema.
As ações baseadas em inventários forjados em benefício de falsos herdeiros tinham Rosalino Almeida como único destinatário. A ele, cabia o papel de expedir alvarás para liberar grandes somas retidas em contas bancárias. Em seguida, os valores eram divididos entre o juiz e demais membros da organização, através de mecanismos de lavagem de dinheiro, entre eles advogados e serventuários.
* Em Paulo Afonso, o presidente da OAB, Dr. Rodrigo Coppieters ainda não se pronunicou sobre as providências que a instituição pretende adotar em relação aos advogados Carlos Alberto Belíssimo e Alexandro (filho de Rosalino), cujos nomes aparecem nas redes sociais.