Paulo Afonso - A aproximação das festas juninas desperta a tradição popular dos fogos de artifício, um costume que se originou na China, segundo a crença, como forma de agradecer aos deuses pelas boas colheitas. Este hábito também tem origem em Portugal, além de ser muito usado em todas as regiões do Brasil, principalmente no Nordeste.
Em Paulo Afonso não é diferente; faltando poucos dias para o mês de junho, as barracas de fogos já estão sendo armadas, este ano, no antigo campo do Creia, ao lado do Assai Atacadista. No local, já foram instaladas duas barracas e a expectativa é de que pelos menos outras duas ainda sejam montadas até o fim de maio.
Entre os comerciantes dos chamados produtos pirotécnicos, há uma incerteza quanto as vendas, uma vez que a festa pública realizada pela Prefeitura, por questões financeiras, não contará com atrações de fama nacional. Já foi anunciado pela Secretaria de Cultura e Esporte que, excepcionalmente este ano, os festejos juninos de Paulo Afonso serão animados apenas por artistas locais. É importante ressaltar que a cidade possui um celeiro artístico de excelentes músicos e cantores, que sem dúvida, farão uma festa bonita.
Mas, talvez, aproveitando a ausência de atrações conhecidas nacionalmente no São João e no São Pedro da “Cidade do Bem e do Avanço”, os municípios vizinhos já anunciaram seus contratados. Em Jeremoabo, por exemplo, (80 km de Paulo Afonso), já estão confirmados: Banda Magníficos, Marcynho Sensação, Kaik Gois, Forró Brasil, Geninho Batalha, Limão com Mel, Sâmya Maia, Samyra Show e Taty Girl.
Outras pequenas cidades da região, como Glória, Piranhas e Água Branca, também já definiram a programação junina. Em Glória (6 km de Paulo Afonso), no início de maio a Prefeitura anunciou as atrações da Trezena em homenagem ao seu padroeiro. A festa de largo será animada por Del Feliz, Helinho Ventura, Peruano, Luanderson e Forró Seis Cordas, Kaik Gois, Zezinho da Ema, Buscapé e Arreio de Ouro e Thiago Aquino.
Mas, apesar da diferença na grade de programação, a maioria dos proprietários de barracas não acredita que haja um impacto muito forte nas vendas, uma vez que as pessoas costumam comprar fogos para soltar em casa. Eles observam que “Geralmente as pessoas soltam os fogos logo cedo, em suas casas; mais tarde, depois de homenagear o santo de sua devoção junto com a família, saem para prestigiar a festa de rua, seja em Paulo Afonso ou em outra cidade, assim, as vendas não devem sofrer grande impacto”.
Mesmo dando como certa a evasão de pessoas para curtir a festa em cidades circunvizinhas, a expectativa dos comerciantes é de que, com o retorno da atividade, após dois anos de recesso por conta da pandemia, as vendas não sejam prejudicadas.
Enviar para um amigo
Versão para impressão
