“Aqui, os pauloafonsinos serão sempre bem vindos para compras, lazer e fazer turismo!”
O convite acima foi feito por um orador em uma coletiva de Imprensa para o lançamento do Shopping Center de Delmiro Gouveia-Al, no esplendoroso Hotel Aline, local pomposo, adequado e receptivo para seminários, congressos e assembleias deliberativas.
Enquanto Paulo Afonso patina na estagnação, ora sem projetos e perspectivas viáveis e exequíveis para alavancar o Turismo que dorme há décadas em berço esplendido, a vizinha terra do saudoso pioneiro empreendedor, com atrativos naturais e artificiais menores, desponta para o mundo com aliciantes turísticos e econômicos que enchem de puro prazer os olhos de quem os contempla, e, respectivamente, os reembolsos em ativo$ dos neófitos investidores.
Na recente, esporádica e inusitada reabertura das comportas pela CHESF, pelos excessos das caudalosas do “Velho Chico” que trouxeram de volta as belezas da cachoeira e teceram uma vez mais o figurativo véu da noiva, sequer um singelo folder ilustrativo foi retratado para lembrança, propagação e arquivamento.
Enquanto que o Turismo na “capital da energia” que detém um aeroporto moderno para aterrisagens e decolagens de diversos tipos de aeronaves, cinco hidroelétricas, grandes e pequenos lagos, canyons maravilhosos, comércio pujante, histórico do cangaço e areias do Raso da Catarina, reduto das extinguíveis ararinhas azuis e inúmeros monumentos rupestres, permanece há décadas no obscurantismo medieval, outras cidades circunvizinhas, apesar dos marasmos sanitários e econômicos da Pandemia, investem na melhoria da Saúde Pública e emergem para a produção na geração de emprego e renda para seus munícipes com aquiescências e insumos dos poderes públicos em comunhão com a iniciativa privada. Certamente, os resultados proveitosos advirão em curto, médio e longos prazos.
Neste inexorável e funesto contexto, e na máxima acima do iluminista francês, Francois-Marie Arouet, o renomado Voltaire, para o povo de Paulo Afonso, só lhe resta à eterna profissão “esperança” e ratificar as palavras do seu vice-prefeito no lançamento do Shopping da Vila: “desenvolvimento para o nosso sertão!” Ora, ora, pois, pois...
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