O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou um protesto em 19 municípios de várias regiões do Estado nesta quarta-feira. Eles cobraram agilidade e ações do poder público para avanço da reforma agrária no Estado. Em 12 dos municípios, prefeituras chegaram a ser ocupadas, mas todas foram desocupadas até o início da tarde. Em outros sete municípios, a manifestação foi apenas para entregar a pauta de reivindicações. Segundo o assessor de comunicação do MST em Alagoas, Rafael Soriano, a manifestação cumpriu o seu objetivo. "A maioria dos prefeitos se sensibilizou com a causa e se comprometeu em avançar nos pontos pedidos. Em alguns outros casos foram marcadas reuniões para discutir os problemas", explicou. Entre os problemas citados pelo MST estão a falta de ônibus para transporte escolar dos camponeses nos municípios como Delmiro Gouveia e Inhapi (onde, segundo o MST, as prefeituras usam o pau-de-arara como meio de transporte). Em Inhapi, o MST denunciou que jovens e adultos que estudam à noite são obrigados a encarar a carroceria de um caminhão. Já em Flexeiras, uma empresa estaria recebendo para o serviço de transporte escolar sem executá-lo. Em relação à área de saúde, há outras reclamações. Na zona rural de Atalaia, por exemplo, o MST alega que as áreas de assentamento e acampamento não têm o atendimento regular do programa de saúde da família. Segundo o MST, um novo protesto será realizado no dia 29 de novembro, que foi definido como o dia estadual de luta pela reforma agrária e contra a criminalização do campo. "Esse é a data da morte do nosso companheiro Jaelson Melquíades, e vamos organizar uma série de movimentos para lembrar o dia", ressaltou Soriano.
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