Polícia

Paulo Afonso - Bahia - 09/11/2021

Dinailton diz que a OAB-BA está ‘fechada num feudo’

Política Livre
Foto; Divulgação

O poder econômico está ditando as regras na campanha para a OAB-BA, que elegerá no dia 24 de novembro a nova diretoria para o triênio 2022/2024. A opinião é do ex-presidente da entidade (2004 a 2006), Dinailton Oliveira, candidato à presidência pela chapa OABpraValer que, em entrevista aos jornalistas Cíntia Kelly e Igor Guimarães, do programa Direto ao Ponto, na Rádio Nazaré, criticou também a omissão por parte da instituição em relação a temas do interesse da sociedade.

“As duas outras chapas concorrentes são lideradas por pessoas que estão na direção da Ordem há cerca de 10 anos e nada fizeram. A OAB está fechada num feudo, os advogados que não pertencem à minoria elitizada não são sequer recebidos pelo presidente. É impressionante o poder econômico envolvido na campanha, com a promoção de festas e outros eventos na tentativa de atrair jovens advogados”, disse Dinailton.

O candidato questionou, ainda, os R$21 milhões gastos pela Ordem em 2020 como “despesas ordinárias”, um valor considerado muito alto para uma estrutura que possui, apenas, quatro subseções além das que deixou em sua gestão.

Redemocratização

Dinailton classificou a atuação da OAB-BA também como omissa, frisando que atendeu à convocação de um grupo de advogados para se candidatar com a missão de reabrir a entidade para toda a categoria e a sociedade. A redemocratização da Ordem, segundo ele, é uma das prioridades da chapa, que tem na vice-presidência a advogada civilista D´jane Silva.

“Dizem que sou um sonhador, mas não é isso. O que acontece é que eu entendo que o meu bem-estar depende do bem-estar dos colegas e dos cidadãos”, comentou o candidato.

Outra prioridade da chapa OABpraValer é retomar a campanha ´Justiça pra Valer´, pela reestruturação do Poder Judiciário, que marcou sua gestão. A fragilidade estrutural da Justiça baiana, na opinião de Dinailton, precisa ser enfrentada com diálogo, mas também com firmeza e independência para sanar o grave déficit de juízes e serventuários que tem inviabilizado a prestação jurisdicional sobretudo no interior do estado. “A realidade hoje é que temos 151 comarcas sem juiz e isso é um absurdo, é o caos”.


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