Bastidores

Paulo Afonso (BA) - 01/11/2010

Vandalismo impune!

Bob Charles

Durante a Copa Vela, Moto Energia e São João centenas de policiais Militares, acompanhados por motos e viaturas. Passada a "alta temporada" a capital da energia fica ao Deus dará. Isto é, entregue à própria sorte. Isso explica a onda crescente de crimes, de acidentes de trânsito e de cenas vandalismo por toda cidade. As cenas de barbárie vão desde agressões aos patrimônios públicos (telefones, placas, vidraças, postes, lâmpadas,) até agressões entre "turmas" de desocupados, geralmente bêbados ou drogados, ou aos patrimônios particulares, como vitrines de lojas, portas de estabelecimentos comerciais e veículos estacionados, mesmo nas avenidas. A falta de civilidade desses marginais, aliadas a falta de policiamento gera todos esses e mais outros tantos problemas graves, que preocupam e revoltam a sociedade pauloafonsina. As ondas de assaltos estão aí, crescentes, para confirmar que a maioria dos crimes acaba impune. Vê-se no dia-a-dia marginal sendo preso e poucos dias depois ele aparece solto pelas ruas, ameaçando e desafiando a tudo e a todos. Assim não dá! Esta não é a Paulo Afonso que se propõe ser a tal "Suíça Brasileira", porque, certamente, na verdadeira isso não acontece. Acordem!

Marasmo / Como já era de se esperar as seções eleitorais não tiveram o movimento semelhante ao que se viu no primeiro turno. Ao contrário, os mesários até reclamaram do marasmo. Filas nem sequer existiram em todas as zonas e, se havia, era de apenas duas ou três pessoas. O feriado prolongado foi um dos fatores que pesou para o clima. Mas não foi só isso. Também contribuiu para o esvaziamento dos colégios eleitorais a menor quantidade de candidatos. Afinal, agora no segundo turno, só concorriam pela Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Com menos nomes para escolher, a votação fica mais rápida. De acordo com dados da Justiça Eleitoral, o eleitor demorava em média 10 segundos na frente da urna.

Falta de respeito / Os moradores da área do coreto não conseguem mais dormir nos finais de semana. Na Praça a musica de péssimo gosto corre solto em um bar até a madrugada, com a praça ocupada por mesas e cadeiras. Depois, para completar, carros disputam quem toca o som mais alto. Um inferno. * Um morador - uma hora da madrugada e sem dormir - ligou para o telefone 190, da Polícia Militar. Pediram número da identidade. Ele deu. Pediram número do telefone. Ele deu. Disseram que a polícia só iria ao local se ele fosse junto. Ele confirmou que iria junto. Disseram que ligariam para ele quando a viatura chegasse. Não ligaram. * Uma hora depois o morador ligou de novo para o 190. Pediram desculpas, dizendo que não tinham equipe para ir ao local. * Ou seja, a PM não age e os fiscais da prefeitura fingem não ver, apesar das constantes reclamações da população local. * Tudo estranho. Tudo muito estranho.

 Pra baixo / Um problema praticamente esquecido por todas as autoridades que já passaram pela nossa cidade, por parecer pouco importante, é o caso da imensa irregularidade das nossas calçadas. Batentes enormes, largura insuficiente, e muitas vezes até inexistência das mesmas, obrigam os pedestres a dividir espaços com carros e motos, aumentando significativamente o risco de atropelamentos e impossibilitando a mobilidade de pessoas com necessidades especiais e idosas. Por que não existe nenhuma lei que regule e obrigue aos moradores a seguir um padrão par a construção de calçadas?

É visível e incontestável que a juventude de Paulo Afonso se encontra em total abandono. A desorganização do trânsito, os crimes, a droga e outros fatores contribuíram  muito para a insegurança de nossa cidade, que teve um crescimento populacional acentuado e não teve o respectivo acompanhamento no seu processo de desenvolvimento. Quais os verdadeiros responsáveis para que esta mudança ocorra, população, prefeitura ou polícia?

Na área de saúde, contamos com um hospital municipal que muito avançou, porém os recursos ainda são insuficientes para ofertar uma saúde de qualidade aos pauloafonsinos. Conta com aparelhos sofisticados e imprescindíveis, mas, não atende a demanda da população à altura, uma vez que os recursos humanos são escassos para a sua  utilização.

 

 


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