A advogada Daniela Borges, candidata à presidência da OAB da Bahia, afirmou que a entidade pode fazer história ao eleger, pela primeira vez, duas mulheres para ocupar os cargos de presidente e vice-presidente. Daniela disse que, ao lado da candidata à vice-presidente, Christianne Gurgel, está rodando a Bahia para dialogar com a advocacia e construir, conjuntamente, soluções para problemas históricos.
O maior desses problemas, disse Daniela, é ainda a questão do Poder Judiciário, que mantém as portas fechadas para a advocacia e, consequentemente, para o cidadão. “É muito importante que se compreenda que os problemas enfrentados junto ao Poder Judiciário não dizem respeito apenas à OAB ou à advocacia. São problemas que afetam toda a sociedade”.
A advogada afirmou que em muitas cidades da Bahia o serviço jurisdicional não é prestado de forma adequada. “Temos déficit de magistrados e, com a pandemia, muitos problemas se agravaram. Além das portas fechadas, está a implantação do sistema de audiências virtuais de forma abrupta, o que faz com que cada Vara utilize plataformas diferentes, dificultando o atendimento a advogadas e advogados”.
Daniela lembra que a OAB da Bahia tem desempenhado um papel importante nessa luta pela melhoria dos serviços jurisdicionais. “Entre as conquistas da atual gestão está a nomeação de 98 magistrados pelo Tribunal de Justiça. Mesmo assim, o número ainda é insuficiente, tamanho o déficit que temos na Bahia”.
Ainda no âmbito da gestão da seccional baiana, Daniela Borges reforça que o lançamento da sua pré-candidatura é a reafirmação do compromisso de seu grupo com a pauta da paridade de gênero. “A OAB da Bahia aprovou a política de paridade de gênero antes mesmo do Conselho Federal. Colocou o discurso em prática e hoje temos mulheres ocupando cargos de liderança em nossa entidade”, afirmou.
Na atuação junto à Comissão da Mulher Advogada, Daniela defende uma de suas principais bandeiras, que é a busca por igualdade de gênero também na advocacia, pauta que se expande para um debate que envolve toda a sociedade. “Nós, mulheres, somos protagonistas dessa caminhada, mas a luta por uma sociedade mais justa é de todos, homens e mulheres”, concluiu.
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